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Tenho passado mais ou menos ao lado do caso "Secretas" que não sai dos telejornais, dos jornais e da internet. E faço-o propositadamente porque me parece um fait-divers com que os políticos e os jornalistas de política gostam de se entreter. Mas apanhei aqui e ali que havia ficheiros elaborados por um ex-membro das secretas sobre a vida privada de jornalistas (Ricardo Costa) e do empresário da comunicação social Francisco Pinto Balsemão. Depois há também as alegadas ameaças de Miguel Relvas de contar a vida privada de uma jornalista do Público.
Ao longo da minha vida tenho assistido às maiores devassas de vidas privadas uns dos outros em conversas de café. Portugal é um país de intriguistas, de invejosos e fofoqueiros. Em meia-hora qualquer pessoa sabe a vida privada de um Balsemão, de um Nuno, de um Miguel Relvas, da minha, daquele, do outro. Neste país toda a gente sabe tudo. Há pessoas a fazerem informalmente o papel dos "Silva Carvalhos" desta vida. Só não há é dossiers em papel ou em suporte informático, mas há ficheiros secretos de toda a gente na cabeça de muita gente.
Eu tenho experiências inacreditáveis, e eu que sou jornalista, de ser interpelada por outros jornalistas a fazerem-me perguntas sobre a minha vida pessoal. E eu não apareço nas revistas (ao contrário de pessoas como o Ricardo Costa).
Bem, isto tudo para dizer que em Portugal não faltam espiões amadores. Pessoas que rotulam as outras e estragam vidas com "alegadas" informações restritas das pessoas, mas como não estão em ficheiros recolhidos pela Polícia Judiciária as vítimas não se podem defender. Experimentem conhecer alguém de novo e falem dessa pessoa num jantar, verão a quantidade de ficheiros secretos que circulam na cabeça das pessoas. Os Jorge Silvas Carvalhos neste país não são precisos para nada, só servem para enfeitar.
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