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Há um engano no ar...

por Maria Teixeira Alves, em 08.05.12

 

Corre por essa Europa fora um equívoco, que está a alastrar-se perigosamente. Há uma ideia de que a austeridade é uma política e uma política da chanceler alemã de direita, Angela Merkel. Esta ideia que a esquerda anda a difundar é atraente, mas é falsa. É uma mentira. Não há alternativa à austeridade. Não há, porque os investidores institucionais recusam-se a investir em dívida pública dos países que têm défices excessivos e uma dívida pública superior ao PIB. E como não se conseguem financiar, nenhum país consegue pagar salários, nenhum país consegue dar saúde, escolas, etc, à sua população. Por isso os países têm de baixar os seus gastos públicos. Pode subir-se a inflação e aumentar o PIB artificialmente, mas isso será solução? Haverá quem invista em nós sabendo que os rácios subiram artificialmente? Não vale a pena, a época da dívida eterna acabou. E é por isso que chegou a austeridade abrupta. Ninguém gosta, é certo, mas a verdade é que austeridade não é uma política é a ÚNICA saída. Hollande, por exemplo, vai ter de recuar em todas as suas promessas eleitoralistas. Porque a realidade das contas públicas não mudou só porque saiu Sarcozy. Mário Soares é outro demagogo, que está aqui para lutar pelo seu socialismo, à custa de pura demagogia.


12 comentários

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De l.rodrigues a 08.05.2012 às 23:37

Lamento, mas creio que mente. Só não sei se de propósito ou sem querer.
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De l.rodrigues a 09.05.2012 às 08:44

É simples: a austeridade não é a única alternativa, e nem devia ser uma alternativa. A austeridade dos governos só faz sentido para arrefecer a economia, em periodos de "boom", o "bust" deve ser combatido com politicas expansionistas. Antes que pergunte, o dinheiro para isso devia vir do BCE, e sim causaria inflação, mas nada que fosse dramático ou incontrolável.
A questão da divida e de viver acima das nossas possibilidades pode ser vista de dois prismas: vamos gastar menos (austeridade) ou vamos produzir mais (a alternativa). Uma faz-nos ser menos do que aquilo que nos obrigaram a ser (existe destruição de capacidade produtiva, outra ambiciona sermos tudo o que podemos ser (aumentarmos a nossa capacidade produtiva).
A austeridade implica desistir do país e não acreditar que podemos ser mais que isto. Isso nunca deveria ser alternativa.
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De Rui Crull Tabosa a 09.05.2012 às 09:43

Essa sua brilhante receita foi praticada pelo camarada sócrates e levou o país à bancarrota.
Uma pena tanta falta de memória (e só passou um ano!)
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De l.rodrigues a 09.05.2012 às 10:45

A receita actual vai levar o país a ser menos capaz de pagar a dívida, logo a uma bancarrota mais grave porque num país mais fragilizado pela austeridade. 


Menos actividade económica fruto da austeridade leva a menos receitas para o estado e menos capacidade produtiva. 


Não vejo de onde pode vir essa fé que vos anima. 
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De Maria Teixeira Alves a 09.05.2012 às 10:53

A sua teoria (perigosa) tem desde logo um impedimento natural. O tratado europeu não permite que o BCE financie os Estados. O BCE limita-se a aceitar como colateral de empréstimos à banca as obrigações do tesouro. Está exposto ao risco dos países mas só pode financiar bancos. É uma espécie de Banco Portugal para um "país" chamado Europa, percebe?
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De l.rodrigues a 09.05.2012 às 11:24

Claro que percebo, mas isso é a raiz do problema. Não tem no entanto nada de natural. Não é uma fatalidade. Foi desenhado assim, pode ser desenhado de outra maneira. Uma que seja útil para a economia real.
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De André Miguel a 09.05.2012 às 22:16

De que outra maneira? Você consegue imaginar onde andaria a inflação e o valor do Euro se o BCE financiasse directamente países como Portugal ou a Grécia durante a última década?! Ou havia taxas de juro de referência para uns e taxas para outros?
Os malvados mercados e os especuladores ainda são quem põem algum travão nas vontades despesistas de alguns. Por isso culpar outros de seguirmos obstinadamente o caminho em direcção ao abismo é que não me parece lá muito correcto.


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De Paula a 09.05.2012 às 15:36


Este tipo de austeradide que nos foi imposta não é de modo algum a solução, (pelo contrário). A solução passa por produzir mais e pela tomada de medidas que realmente são necessárias como: Vender a TAP e a RTP e todas as outras empresas que sejam um sorvedouro de dinheiro público; Reduzir o nº de Autarquias e Fregusias; Acabar com as PPP, renegociar ou mesmo nacionalizar; Acabar com o nº excessivo de gestores e adiministradores de empresas publicas e respectivas regalias quando excessivas; Reduzir o nº de deputados; acabar com a subsidio dependencia das fundações e outras instituições que só tem interesse para quem esta lá a mamar, enfim... milhares de outras coisa que nen este nen os anteriores governos foram capazes de fazer não por incapacidade mas por interesse
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De Gostei! a 09.05.2012 às 16:55

Nacionalizem-se as PPP. E com o dinheiro de quem, exactamente?
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De Maria Teixeira Alves a 09.05.2012 às 22:44

Muitas das coisas que diz estão na agenda deste e em concretização, vamos ver se concretizam.
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De Ela é que manda a 09.05.2012 às 10:26

Ela é que manda porque ela é que manda no país que abre e fecha a torneira. Querem mais simples?

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