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«Neste momento, a maioria dos analistas diz que Portugal não vai reestruturar a sua dívida, como o fez a Grécia, e que vai precisar de um novo empréstimo que vai ser concedido sem problemas. São cada vez menos os que dizem que será necessário reestruturar a dívida. Mas começa a surgir no pólo oposto quem diga que Portugal nem vai precisar de um segundo empréstimo. As profecias sobre Portugal estão a mudar. E a prova disso é, mais do que as análises, o dinheiro que está a ser investido em dívida pública que já não poderá ser paga com este empréstimo da troika. O custo do ajustamento pode mesmo ser mais baixo do que se esperava.»
Isto escreveu ontem Helena Garrido, directora-adjunta do Jornal de Negócios, um dos poucos sobreviventes dos orgãos de informação (de informação mesmo) portugueses (que são todos da área da informação económica).
E este é, exactamente, o problema do PS.
Quem queira rever brevemente as afirmações de Sócrates durante o debate com Manuela Ferreira Leite para as legislativas de 2009 confirmará que o PS, através de Seguro, não se afastou um milímetro do credo com que nos trouxe à ruína: não há dinheiro, mas aparece sempre (agora chamam-lhe «as pessoas estão primeiro»); o investimento público (a que agora chamam «estratégia de crescimento») é a alavanca do progresso; e quem alerta para a bancarrota que está no fim das suas teorias é derrotista, pessimista ou velho do Restelo (agora dizem que é «insensível social»).
Mas, para além dos seus slogans pueris (os slogans do PS lembram-me sempre aquelas misses que dizem que se mandassem faziam a paz mundial e matavam a fome às criancinhas), o problema do PS é aquele que Helena Garrido enuncia: a probabilidade crescente de que a seriedade com que este governo aplica austeridade e reformas produza bom efeito.
Quando produzir, o PS dirá (como Seguro já disse hoje que haveria de acontecer) que o governo aderiu às suas propostas. O que o escusará de constatar a distância enorme percorrida até hoje, em 9 meses apenas, desde a altura em que, por exemplo, o Financial Times escrevia que «you can`t have a monetary union with the likes of M. Sócrates» («Não se pode ter uma união monetária com gente da laia do Sr. Sócrates») ou a revista The Economist classificava Teixeira dos Santos como o pior ministro das Finanças da Europa.
Eles até ficaram escandalizados com o fim do TGV quando MFL em tempos explicou que, para não dar prejuízos DE EXPLORAÇÃO (e já nem se fala de recuperação do investimento), necessitaria de um tráfego equivalente a um avião de sete em sete minutos para Madrid, isto apesar de passar pela cabeça de um tal Mendonça transformar Lisboa na praia de Madrid (como se vir de TGV de Madrid a Lisboa, depois apanhar um transporte para uma praia da Linha ou da Outra Banda, dar apanhar sol durante 10 minutos e dar um mergulho, e voltar a correr, no mesmo dia, para Madrid, ocorresse a alguém no seu juízo, e o tempo de praia durasse todo o ano).
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