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Muito interessante a entrevista do Dr. António Arnaut no derradeiro Boletim da Ordem dos Advogados (Janeiro de 2012). Desde logo por algum elitismo que transparece das suas palavras; e, depois, por outras contundentes afirmações de que se dá nota: «as grandes reformas jurídico-judiciárias foram feitas pelos maçons».
Isto quando nós, monárquicos, já em tempos de estudantes levantávamos a voz, discordando do Código Penal de 1982, o substituto do congénere diploma de 1886. Chefiava, então, as hostes, o Prof. Figueiredo Dias, à frente de uma incompreensivel fobia contra a justiça retributiva, em favor da prevenção geral e, sobretudo, da prevenção geral. Não ao cárcere era, nesse tempo, a palavra de ordem.
A legislação adjectiva evoluiu também em sentido consentâneo. São tantas as garantias que a Polícia já perdeu a paciência. Para quê as detenções?
O Dr. Arnaut prossegue, na sua entrevista, não infirmando esta constatação- segundo ele, o principal problema da Justiça traduz-se na falta de confiança no "sistema" dos cidadãos, dada a sua morosidade.
Agora mesmo, entrementes, o Dr. Rui Cardoso, Procurador-adjunto da República, refere no Congresso do Ministério Público: «se alguém é roubado vai-se queixar às autoridades e é iniciada uma investigação. Se há corrupção, o Estado não se queixa. E os magistrados não podem ficar à espera que lhes caia na secretária um caso que um jornalista competente desenterrou 4 ou 5 anos depois»...
Em suma, o Dr. Arnaut não percebeu, ou não quis perceber, que a estrutura processual-penal (sobretudo) visou, na sua montagem, o laxismo relativamente aos crimes de negócios público-privados. Onde pontifica, como já ninguém consegue esconder, a Maçonaria. É ler os jornais, apenas.
Nem quis salientar que da confluência entre a política e os negócios morreu a Monarquia. Com os maçons à frente das tropas, muito ciosos da sua curiosa Ética republicana que ainda hoje é tema.
E assim o assassinato do Rei D. Carlos e do Princípe Real passaram impunes. Como, outrossim, o de Sá Carneiro e de Adelino Amaro da Costa. Após o que só se destacaram governantes contemporizadores. Pelo sim, pelo não.
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