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Ignoro se ainda os há por cá, os heróis. Temo que não. O heroico "povo abrilino" é, sobretudo, do discurso sindicalista; o "povo-povinho", que somos todos nós, alcançou fama planetária pelos seus "brandos costumes" de agora; e o intratável "povo-povão" tudo destroi - praias, rios, pinhais - e revê-se na heroicidade telenovelísitica.
Enfim, Amália morreu e Eusébio tem passado mal os últimos meses. Os nossos mais prováveis candidatos a heróis - Mourinho e CR7 - seguiram o partido de Castela. E se fossemos buscar outros à História pátria - um Beato Nuno de Santa Maria, um Mouzinho de Albuquerque - logo nos cairiam em cima Isabel Moreira e o BE, vociferando contra anacronismos, a pregarem o direito à adopção por casais do mesmo sexo.
E, no entanto, os heróis fazem falta. Constituem um incentivo, um exemplo, um conforto. Uma força que é nossa e está connosco, vive as nossas dores, ajuda a ultrapassarmos os nossos temores. Os heróis são a melhor terapia para a colectiva falta de auto-estima.
(Ao contrário das divindades - Lenine, Tito, Mao, Fidel - criadas e depois embalsamadas pelos comunistas).
Mas é neste deserto de heróis que havemos de nos mexer. E de improvisar, outra nossa reconhecida aptidão. Quem não tem cão, caça com gato...
À falta de melhor, escolho para herói nacional do momento o Ministro Victor Gaspar: não se veste como um ministro, nem como um ministro fala; nem mede cada palavra proferida, ao contrário dos ministros em geral. Mas é, tão-só o Ministro das Finanças deste Portugal desendinheirado e mendicante. E sempre a resvalar junto do precipício das contas e dos orçamentos.
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Não há como discordar Felizmente temos blogs com o...
de vez em quando você diz umas coisas acertadas e...
Eu vi a entrevista em directo e fiquei muito incom...
É do mais simples que há: o acesso é verificado co...
Há sempre uma coisa que tenho em mente e que se co...