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É assim...

por João-Afonso Machado, em 25.01.12

De antologia, a entrevista televisiva ontem, de Zita Seabra. O tema envolvia a conduta da CGTP nas recentes negociações da chamada "Concertação Social". No fundo, ficámos a saber o que já todos sabiamos. Desta feita, confirmado por voz autorizada e insuspeita.

A abrir, a constatação de que dirigentes da central sindical afecta ao PCP teria aconselhado os seus homólogos da UGT a votarem favoravelmente o dito acordo. Estranho? Traição aos interesses do proletariado?

Simples manobra de bastidores, afinal. A CGTP está ciente de que a concertação era - e é - incontornável. Somente - não quer participar nela, meio único de poder manter a sua voz reivindicativa e agitadora nas ruas. Para a História ficará apenas a sua recusa em negociar. O seu clamoroso "não!".

Quer dizer: Carvalho da Silva e os seus apaniguados funcionaram a dois carrinhos. Por um lado, interessava-lhes o consenso, sob pena de um afundamento geral; por outro, a ausência da sua assinatura nesse papel consente-lhes continuar a descer a Avenida da Liberdade clamando pela defesa dos direitos dos trabalhadores. Eles já - como sempre - tinham avisado que...

A história não é de agora. Conforme Zita Seabra referiu, a ligação entre os dirigentes da CGTP e o Comité Central do PCP é estreitíssima. De tal modo que as reuniões deste usualmente contam com a participação daqueles. Sucede, apenas, que no momento da fotografia para a Imprensa... os sindicalistas se refugiam na casa-de-banho. Regressando depois, porventura para lancharem juntos.

Convenhamos que Estaline utilizava métodos mais radicais: em vez de enviar camaradas para o WC, espetava com eles na Sibéria... A moderação dos tiques comunistas é uma feliz realidade.


15 comentários

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De jojoratazana a 25.01.2012 às 15:01

Boa tentativa para redesenhar a realidade. 
Merece a medalha de mérito da CIP. 
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De João-Afonso Machado a 25.01.2012 às 15:24

Viva, caro Jójó:
Já não «discutiamos» há muito tempo.
É o depoimento da sua ex-camarada.
Eu acredito no que ela diz.
V., pelo que vejo, não.
Resta saber a crença dos portugueses em geral.
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De jojoratazana a 25.01.2012 às 16:38

Enquanto pensava em nós.
(Como um todo) Não tinha onde cair morta.
Quando começou a pensar no eu, teve uma carreira brilhante, e bem recompensadora.
No seguimento de muitos outros como Judas, José Magalhães, o cardeal e tantos outros que se diziam comunistas mas não passam de oportunistas.
Mas é o habitual neste país basta ver os programas do PS e do PSD falam do nós mas na realidade só pensam no eu.
Em suma oportunistas e ladrões.
Quem se mantém comunista só é bem depois de morto.
Daí a miséria deste povo.
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De João-Afonso Machado a 25.01.2012 às 16:59

Li o livro dela e não fiquei nada convencido disso.
Então o PCP não tinha gente mais capacitada para exercer os altos cargos que ela exerceu no Partido?
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De jojoratazana a 25.01.2012 às 17:11

Milhares deles.
O PCP é um colectivo, não é um partido de indivíduos.
Qualquer militante do PCP exerce um cargo mais importante, que aqueles que essa senhora exerceu dentro do partido.
Dai nunca ter sido possível, tornar o PCP um partido de barões.
Dai a força moral e cívica do partido.


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De João-Afonso Machado a 25.01.2012 às 17:16

Com umas tantas expulsões do «colectivo» pelo meio...
Logo que divirjam do «colectivo» passam a maus. A reaccionários. Sempre foi assim.
(Até o Carlos Brito foi para a prateleira).
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De jojoratazana a 25.01.2012 às 18:44

Logo que divergem do colectivo, passam a encher os bolsos.
Esta é a realidade que tenta esquecer.
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De João-Afonso Machado a 25.01.2012 às 22:58

Jojò: o seu «colectivo» faz-me lembrar um rebanho de cabras, desculpe que lhe diga. Ai daquele que se afasta e quer seguir o seu caminho.
Para si, quem está «connosco» é bom: os outros são maus. Isso é maniqueismo.
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De jojoratazana a 25.01.2012 às 23:06

O velho discurso da borregada.
Troque lá de cassete.
Julgava-o mais inteligente, mas enganei-me.
Não lhe roubo mais tempo.
Não tenho tempo a perder.
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De João-Afonso Machado a 25.01.2012 às 23:17


Eu vi logo. Nem sequer preciso ser muito inteligente...
Fique lá no seu colectivo.
Bem ou mal, vamos pensando por nós.
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De jojoratazana a 25.01.2012 às 23:32

Vamos sacando para nós, para ser mais correcto.
Ou seja venha a mim.
Os outros que se lixem.
É esse o vosso lema colectivo.
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De João-Afonso Machado a 26.01.2012 às 00:06

Não saco coisa nenhuma a não ser a paga do meu trabalho. Creio que a esmagadora maioria da população, que não é comunista (pekas suas palavras parece que só os comunistas são honestos) faz o mesmo.
Por isso o PC está cada vez mais isolado. Quando muito aproveitando-se do descontentamento nas ruas, sem consonância nas urnas.
Não tenho lema colectivo: tgenho um lema pessoal: respeita para ser respeitado.
Os outros que se lixem - espressão muito do PREC: quem não era comunista estava fora do novo regime.
Mas felizmente hoje vivemos em liberdade. À rasca mas em liberdade. E não graças ao PCP.
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De jojoratazana a 26.01.2012 às 01:32

Mas felizmente hoje vivemos em liberdade. À rasca mas em liberdade. E não graças ao PCP.
Não podia ter mais razão,
Foi o PCP que lhe roubou a liberdade económica?
Que delapidou o país, que se financiou nas negociatas da União Nacional dos Tachos?
Vivam os tesos em liberdade, que nem o único bem que tem para vender  o seu trabalho, 
Já só se for de borla.
Grite a plenos pulmões, viva a escravatura.
E não graças ao PCP como manhosamente afirma.
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De João-Afonso Machado a 26.01.2012 às 10:18

Foi o PCP que roubou as liberdades económicas. Quando impos as nacionalizações.
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De jojoratazana a 26.01.2012 às 13:28

A isso chamo manipulação de factos históricos.
Ou pura e simplesmente desconhecimento dos factos.

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