por Jorge Lima, em 18.01.12
Ouvi hoje no rádio, ainda meio a dormir. Podia ter percebido mal por isso, mas é demasiado verosímil para não ser verdade. Dos dois feriados civis que se aventava que o Governo iria eliminar, por contraponto a dois religiosos, um seria o 5 de Outubro. Seria, mas ao que parece não será. O 1º de Dezembro, sim, pode suprimir-se, porque, suponho, já não será vivo nenhum dos conjurados de 1640.
Sou republicano (relutante, acrescenta o João Távora). Mas não aceito que na escala de valores destes deslumbrados de esquerda e direita que nos governam, a libertação da ocupação estrangeira seja menos relevante e digna de celebração que a «libertação» de um monarquia constitucional, leia-se, democrática, logo substituída por um regime protoditatorial sanguinário e ruinoso para o País.
A fractura não é hoje entre esquerda e direita. É entre patriotas e vendidos. Ou entre cultos e ignaros. Entre gente com espinha e oportunistas plebiscitados.
5 comentários
De Lopo a 18.01.2012 às 09:50
Parabéns,expressa o sentimento de qualquer Português verdadeiramente Patriota,seja qual for a sua ideologia.Será o meu amigo um republicano relutante,ou antes um Monárquico assim para o tímido?
Não sei, meu caro, com toda a franqueza. Às vezes é mais fácil perceber de fora. Há certos dias em que o desânimo até me leva a perguntar se ainda consigo ser patriota. Se ser patriota é amar os montes e o mar do torrão, sou-o de certeza. Mas se para ser patriota for preciso amar os «compatriotas» que os destroem, já não sei se me abalanço a tanto. Um homem não é de ferro.