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Já nada mais lhe ocorre recomendar: partam, emigrem, vão procurar que fazer em outra banda… E não, não se trata de uma conversa de café entre dois ou três incautos e um angariador de trabalho escravo. Antes do discurso do Governo desta República ante todos nós portugueses. Ide: arranjai emprego lá fora. Na Europa? Provavelmente mais longe ainda, do lado de lá do Oceano, no hemisfério sul. Na implícita visão de um duvidoso retorno a casa…
Porque a nossa economia são cardos. Porque não há dinheiro. Porque a produção é safara e os portugueses só vêem privações pela frente. O País vive acabrunhado, sem esperança.
Culpar o Governo nesta hora? Não valerá a pena. A ciganada instalou-se na feira há muito. A aldrabice campeia de longa data. Uma confissão traduz sempre um acto de sinceridade. A realidade é triste mas é o que é. Reconheçamo-la, ao menos.
Ou então reocupemos o Interior. Talvez sem outras regalias além de um prato de sopa e a esperança de um mundo novo cá dentro. Já agora, servido de auto-estradas, para um dia que os meios de transporte voltem a ser acessíveis…
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