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Só se ama o que se conhece

por Vasco M. Rosa, em 08.09.11

Ontem tive o prazer, a sorte e a honra de co-entrevistar Gonçalo Ribeiro Telles, a pretexto da reorganização dos municípios, tema da actual agenda política. A idade do arquitecto pouco menos (catorze anos) é do que a soma das idades dos dois que o ouviam, preocupadíssimo com a situação do país enquanto território, a desqualificação dos políticos e autarcas e até com a falácia da universidade. Para ele, nada do que se projecta fazer vai ao fundo do assunto, coloca o dedo na ferida, que a cada ano piora. Continua atento aos flagelos país afora. Trouxe escritos antigos, com as suas ideias claras sobre um ordenamento baseado nas regiões naturais e no saber acumulado que a História demonstra. Não conheço em Portugal ninguém como ele, que contra o vento fala com acerto e saber técnico do que precisa ser feito para reverter um caminho de clara destruição da nossa terra, que tendo impacto suicidário é sobretudo ignorante e ambicioso de lucros imediatos. Uma ideia fica: só se ama o que se conhece. E sem ouvir os sábios, estudar as ciências, ter visão comparativa, ninguém pode decidir seja o que for em que domínio for. E como não conhecem/estudam a sua terra, os políticos não podem amá-la, o que significa protegê-la. Constroem-se estradas que vão dar a sítio nenhum, como a certa altura disse o João. — Ouvindo Ribeiro Telles, dei-me conta que a sua tão intensa relação de pertença só podia advir de ser ele monárquico: causa ou consequência disso, pouco importa!

 


7 comentários

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De Paciência a 08.09.2011 às 12:39

Depois ter dado pelo apoio e de não dar por nenhuma crítica dele ao incompetentíssimo e tachista afilhado Zé que não fazia falta nenhuma, perdi bastante da consideração que tinha pelo Arq. RT.
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De Vasco M. Rosa a 08.09.2011 às 17:14

Não julgue uma pessoa deste calibre pela imprudência ou ngenuidade de confiar em alguém que provou não o merecer. Gonçalo Ribeiro Telles está muito para além disso, Se acaso não sabe porquê, tente ao menos conhecer a obra dele, que é dum portuguesismo monumental. Vai surpreender-se, acredite! Cumprimentos, VR
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De Conheço um pouco a 08.09.2011 às 17:23

Eu já era crescidote quando ele foi Ministro (ou Secretário de Estado, parece-me) do Ambiente e, mais tarde, da Qualidade de Vida, curioso nome.
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De Vasco M. Rosa a 08.09.2011 às 23:46

Esses nomes, Ambiente, Qualidade de Vida, são rótulos que só mostram o nosso atraso conceptual. O que surpreende em GRT é a visão inegrada dos elementos naturais e humanos, comunitários, 
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De João Távora a 08.09.2011 às 23:23

Um grande Senhor, um Sábio, um Patriota. Forte abraço Vasco.
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De Helena a 09.09.2011 às 03:28

UM grande Homem, um grande português. Um verdadeiro génio.
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De Nuno Castelo-Branco a 10.09.2011 às 21:01

No actual regime, não conheço um único nome sonante que se lhe compare. Em nada!

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