Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Flores no Parlamento

por Luísa Correia, em 20.07.11

 

(... nos Jardins da Gulbenkian)

 

A televisão transmitia, há momentos, o debate parlamentar sobre uma qualquer proposta do PC respeitante à nossa dívida – tema tristemente incontornável por estes dias - e eu olhava sem ver para o bisonho hemiciclo, quando a câmara, num «volte-face», se fixou na mesa da presidência. E, de repente, passei a ver. Naquela mesa, onde nem há dois meses se sentavam uns «jarrões» – respeitáveis jarrões, mas sempre jarrões – floresciam agora três vistosas florinhas em gentil e sofisticado «bouquet». Naquela mesa, só mulheres! E mulheres loiraças, «produzidas», elegantes! O que é que semelhante facto pode significar para o nosso futuro colectivo não sei dizer. Mas adivinho que coisa má não é, com certeza!!!


9 comentários

Sem imagem de perfil

De espumante a 20.07.2011 às 18:16


Pode significar que o Parlamento se esteja a tornar menos bisonho. Já em termos de futuro colectivo, não consigo adivinhar. Mas, quem sabe? Há sempre uma «questão fracturante» a tirar da cartola da esquerda... :)))))
Sem imagem de perfil

De Costa a 20.07.2011 às 23:07

O futuro? Pagar bem mais, cada vez mais; ter menos, cada vez menos, em troca, empobrecer violenta e irreversivelmente, como magno desígnio nacional; cerrar os dentes e sobreviver dia após dia à rapina com força de lei. Os que o conseguirem.

Afundarmo-nos na infinita depressão de se ser um português de classe média, espécie condenada a impiedosa extinção. Depois de impiedosamente confiscada, por um estado impune e insaciável, do que ainda consiga ganhar.

Reduzida à miséria, logo se verá o que fazer a seguir. Como se diz: "cruza-se uma ponte quando lá se chega" e o diabólico Leviatã arranjará forma de se governar. Arranja sempre.

E assim será, seja qual for a orientação de cada um. Para uns, a inevitabilidade do reconhecimento das nossas responsabilidades perante os credores e da obrigação de a honrar; para outros, mais uma iníqua e criminosa imposição do grande capital. O resultado final será o mesmo. 

Haja no parlamento (para lamento?) radiosas flores ou grosseiros cardos.

É este o nosso futuro. Desgraçado futuro.

Costa
Sem imagem de perfil

De Kool a 21.07.2011 às 08:57

Em contrapartida, eu reparei na quantidade de sujeitos de gravata que por lá havia, o que evidentemente significa um enorme desperdício de ar condicionado...
Sem imagem de perfil

De Pedro Barbosa Pinto a 21.07.2011 às 10:30

Esperemos que tenha razão, Luísa.
Eu cá não sei se não seria preferível ver no lugar dos jarrões, um trio de 'grandes' homens. Assim todos estariamos confiantes num futuro promissor, já que por detrás deles estariam certamente três grandes mulheres.
Merkel; Dilma; andam muito masculinizadas estas senhoras de agora... e não é só no look, penso eu de que! 

Beijinho :-)
Sem imagem de perfil

De lucklucky a 21.07.2011 às 14:37

Se for só essa a única factor tenho a certeza que será bem má.
Basta olhar para o que aconteceu aos jornais e Tv's.
Imagem de perfil

De Luísa Correia a 21.07.2011 às 18:56

Obrigada pelos V. comentários.


P.S.: Fracturante, Nelson? Povoar a máquina do Estado de miúdas giras (e - por que não? -  competentes) é uma questão fracturante?!!! :-(


Caro Costa, espero bem que se engane redondamente. :-)


Pedro, mulheres masculinizadas é um género que não parece infestar ainda o nosso parlamento… ou a mesa da sua presidência. :-)))

Sem imagem de perfil

De espumante a 22.07.2011 às 08:36

Luís, expremi-me mal, muito mal :))) Quis fazer humor (mas saiu fraquinho,reconheço) com o «futuro colectivo» e esta expressão sim, chamei-lhe questão facturante. Queria eu dizer na minha que o futuro colectivo poderia passar  por uma maior abrangência nas relação entre os géneros. Mas, repito, saiu fraco. No mais e por mim, o Estado que se povoe de miúdas giras  à vontade. Disponham! ... :))
Imagem de perfil

De Luísa Correia a 22.07.2011 às 09:36

Ah, Nelson, não imagina como lhe dou razão. A questão mais fracturante de todas começa a ser criar essa abrangência ou dinamismo povoador nas relações entre os géneros que nos assegure um futuro colectivo. Porque as «abrangências» que têm estado na berra – ditas «fracturantes» - só ajudam à extinção da espécie. ;-D
Sem imagem de perfil

De espumante a 22.07.2011 às 10:16


LuísA
Por uma questão de rigor (e não só, a Luísa é toda LuísA e não tem nada de Luís...) queria pedir-lhe desculpa por lhe ter chamado Luís no meu comentário. Trata-se, naturalmente, dum erro grosseiro a teclar (não sei se existe este verbo - teclar), por omissão da vogal que, hoje por hoje, tem o mais fundamental papel na distinção do género. O «A».
Peço-lhe desculpa :))

Comentar post



Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



Notícias

A Batalha
D. Notícias
D. Económico
Expresso
iOnline
J. Negócios
TVI24
JornalEconómico
Global
Público
SIC-Notícias
TSF
Observador

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • Rodrigo Raposo

    Coitadito do JMT. Um idiota ... (in)útil.Na verdad...

  • João Gil

    Nas minhas contas 50/50 para a parte dos não escla...

  • Anónimo

    Vai dar para um destes dois lados:- Não fiquei nad...

  • João Gil

    A das obras do dupkex já caiu. Tal como depressa d...

  • Anónimo

    Volta lapis azul! Há quem por ti anseie.


Links

Muito nossos

  •  
  • Outros blogs

  •  
  •  
  • Links úteis


    Arquivo

    1. 2025
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2024
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2023
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2022
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2021
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2020
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2019
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2018
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2017
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2016
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2015
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2014
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2013
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2012
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2011
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2010
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2009
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2008
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D
    235. 2007
    236. J
    237. F
    238. M
    239. A
    240. M
    241. J
    242. J
    243. A
    244. S
    245. O
    246. N
    247. D
    248. 2006
    249. J
    250. F
    251. M
    252. A
    253. M
    254. J
    255. J
    256. A
    257. S
    258. O
    259. N
    260. D