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Não tarda, contudo, liquidam-se os dias de marcha campestre e, depois da gozosa imaginação do que fora a história de alguns fantasmas arquitectónicos, ainda pairando junto à linha, tornamos ao desarranjo produzido por nós próprios. Aldeias, vilas, cidades, encavalitadas umas nas outras, o comboio não logra apresentar algo mais tocante do que uma enorme buganvília, são umas tantas léguas marcadas somente pelo seu colorido, um jardim, uma gota de água nesse oceano seco e acimentado.
A lavoura ainda regressará, sempre em intervalos fugazes, e as aves de rapina povoarão os céus. Antes de uma nova vaga – imensa – de subúrbios, sobrará algum tempo para os terrenos alagadiços nas vésperas de mais um rio de tomo, portentoso rio todo ele nosso. Junto de si a frescura e o murmúrio dos choupos, a catedral dos estudos e do saber, muito ao longe, uma paragem incontornável com a cidade constrangendo a estação. Há muitas mochilas, vozes de juventude a subir as carruagens. Daí para a frente é como se o território fosse outro, novamente interessante mas muito mais apressado.
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