Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
(... em S. Vicente de Fora)
Gostei de ouvir Rui Moreira, há dias, na entrevista que concedeu a Mário Crespo. Rui Moreira é um observador arguto, experiente e desassombrado da nossa realidade, e comentou, expressivamente. «O novo imposto [...] é o preço que nós, as formigas, vamos ter de pagar pelo lastro que as velhas cigarras nos deixaram». Uma ironia tanto mais contundente, quanto é certo que algumas dessas «velhas cigarras» já reivindicaram, nos seus cantares de antanho, o estatuto de formigas. Nunca, em Portugal, La Fontaine foi tão prestadio! Num único ponto discordei de Rui Moreira. O passado, para mim, ainda não está julgado. O julgamento das urnas não me basta, enquanto não compreender todas as razões da situação em que nos encontramos, ou enquanto não conseguir libertar-me da desconfiança de que houve dinheiros públicos que serviram fraudulentamente interesses privados. O meu farmacêutico, homem melhor informado do que nenhum outro neste mundo, já me falou de umas transferências para contas suíças, revelando nomes, anos e valores. E só não revelando – o que se lastima – NIB's. Mas chamem-se os serviços secretos e o enigma deslinda-se. E se o pessoal dos serviços não chegar, reforça-se-lhes o quadro. Pelo volume de investigação a fazer, será um bom contributo para a redução das taxas de desemprego.
Muito obrigada pelos V. comentários. Não sei quando, nem como, mas algum dia a nossa opinião há-de vingar. :-)
P.S.: Pável, a reconstituição dos factos que faz o Pedro Arroja está certa. Mas parece-me haver algum desprezo pelo contexto. A obsessão com a Europa já vinha de trás, ninguém concebia alternativas à integração europeia e a nossa subserviência, considerando o que havia para a troca, era então aplaudida por todo o mundo. Depois, ninguém podia adivinhar a evolução que a Europa sofreu com o alargamento rápido (e excessivo?), a burocratização (e progressivo alheamento democrático) e a perda de líderes e vontades. Finalmente, não se constrói um edifício começando pelo telhado, mas tentou construir-se a Europa começando por aí, e os resultados estão à vista. Mas só são realmente visíveis e seguramente interpretáveis há pouco mais de meia dúzia de anos.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Vai dar para um destes dois lados:- Não fiquei nad...
A das obras do dupkex já caiu. Tal como depressa d...
Volta lapis azul! Há quem por ti anseie.
comecei pela leitura de Eusébio Macário e a Corja ...
Sampaio dissolveu o Parlamento porque quis. Aliás,...