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44-33 = eleven(no)

por João-Afonso Machado, em 08.09.15

Foi o episódio do inglês técnico. A dominical licenciatura, abençoada, indulgente (que o digam Relvas e as suas equivalências), definitivamente engenheiral. Foi Manuela Moura Guedes borda fora, uma indisfarçável surtida pelo controlo da Comunicação Social, o anasaladinho dos seus remoques vingativos, venenosos.

Foram muitas outras peripécias. O processo Face Oculta, a escandalosa ocultação das cassetes que agora tanta falta fazem, piratas, Pinto Monteiro procurador, Noronha Nascimento juiz conselheiro, o saque e a destruição daqueles meios de prova. Sempre incólume, sempre invicto!

E sempre de dentes ferrados no poder. Obstinadamente. Indiferente ao caos financeiro e à dívida soberana, aos usurários juros consumindo o País.

Foi a derrota eleitoral e uma Paris milionária que se ria da sua auto-propalada pobreza. Foram as vindas semanais à televisão portuguesa, exclusiva e cegamente para desancar o Governo.

Finalmente foi a sua detenção. E um enredo estranhíssimo contado a partir de uns milhões na mão de um amigo, de malas cheias de dinheiro calado, do Grupo Lena, do Protal, de uma série longa de indícios criminais, da despudorada denúncia da politização de um caso judicial politizado pelo próprio - Sócrates.

Agora em regime de prisão domiciliária, não se priva da piscina. Terá jacuzzi? É um remake dos anteriores procedimentos: uma fachada apagada, a tentar passar despercebida, o interior repleto de números inexplicáveis, iniciáticos, as traseiras sumptuosas. Porque Sócrates não abre mão do seu novo-riquismo. Nem dos seus projectos de retoma política.

***

Walter Rosa fou um ministro do I Governo Constitucional, presidido por Mário Soares. O seu filho, militante do PRP da Isabel do Carmo, assaltava bancos para obter meios de financiamento para o jornal daquela organização revolucionária. Walter Rosa, confrontado com a ilicitude e o escândalo, de imediato apresentou a sua demissão e foi para casa. Sem piscina e sem jacuzzi.

Está aí a abismal diferença. Agarrado à cadeira do mando, como Sócrates, só talvez Salazar.

 

 


22 comentários

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De João-Afonso Machado a 09.09.2015 às 10:10

V. obviamente percebeu - e é isso que eu não gosto nestes «debates» - referia-me à sua "evolução na continuidade". Por isso referi que nós evoluimos na continuidade desde Mário Soares, ou seja, desde o 1º Gov. Constitucional.

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