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Uma palavra que valha mil imagens

por João Távora, em 19.04.11

 

 

O valor da palavra nestes tempos de aparências anda pelas ruas da amargura. Só isso justifica as intenções de voto no partido socialista perto dos 30% nas mais recentes sondagens.

Houve tempos em que a palavra dada pesava na consciência do homem comum. Então, a desonra dum incumprimento na sua expressão extrema era duramente cobrada em primeiro lugar pela consciência do próprio. Aldrabões, cínicos e hipócritas sempre os houve, mas eram excepção à regra, que a moral era regulada por sólidos valores. Hoje a palavra foi banalizada e já não vincula o individuo, vale pouco. Tudo se descarta, a mentira é tolerada, aceite como normalidade, do mundo empresarial à política e até nas relações pessoais. A cultura relativista do individualismo, tudo dessacralizou e promove uma extensa gradação de meias verdades e meias mentiras, um jogo de sombras e subjectividades que desfiguram o conteúdo em favor da forma, duma "narrativa” ou duma “ilusão eficiente” que seduza o patego.

Num momento em que o nosso País se confronta com uma das mais humilhantes crises da sua história, talvez seja tempo de inverter esse paradigma. Quero crer que muitos incrédulos portugueses confrontados com mais um acto eleitoral e respectivo folclore, rendidos à inevitabilidade da factura que lhes irá ser cobrada, anseiam por pouco barulho, alguma sobriedade e referências aos mais perenes valores da nossa civilização. Continuar a ler»»» 


2 comentários

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De Folclore não, muito obrigado a 19.04.2011 às 15:21

Tem razão. Relativamente à campanha eleitoral que se aproxima, já que nada mais posso fazer (além de, obviamente, me afastar a sete pés de arruadas e comícios), assinei a petição do MEP.
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De Torque Wrench a 19.04.2011 às 15:33

Continue lutando pelo que é certo Portugal, chegou a hora de você encarar o seu maior inimigo, o seu próprio povo, voltando-se contra um ao outro, nunca desista e deixe o amor e justive prevalecer, mais uma vez

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