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A pouco menos de dois meses dum dos actos eleitorais mais decisivos da história da democracia portuguesa, parece-me importante não perdermos o foco naquilo que é essencial, já que elas correm o risco de não terem um claro vencedor, e pior que isso, com as partes incompatibilizadas, cenário que poderá descambar num colapso nacional. E o essencial, parece-me, é a discussão de propostas e de protagonistas que liderem o processo de resgate do país de tanga, é acalentar e motivar os portugueses que, a bem ou a mal, inevitavelmente pagarão a factura com muito trabalho e sacrifício.
Os protagonistas já se conhecem, as propostas ainda não. Como referia Pedro Marques Lopes ontem na SIC notícias, (num raro acesso de clarividência que eu tive a sorte de testemunhar), ao contrário do que a grande maioria dos comentadores e da imprensa garantem, o PEC 4 não constitui um programa de governo ou manifesto eleitoral. Ou seja, exige-se a todos os partidos que apresentem soluções e projectos, em detrimento da mera intriga que alimenta à vez os egos dos propagandistas e as parangonas de jornais, mas em nada contribuem para o esclarecimento dos eleitores.
Pedro Passos Coelho está hoje a provar o veneno que a sua antecessora experimentou e de que ele tanto beneficiou no seu percurso de ascensão no PSD: com as atenções sobre si, a mais insignificante fraqueza ou contradição, será explorada até ao tutano pelos média; não na proporcionalidade da sua gravidade intrínseca, mas ocupando o espaço vago para as democráticas expectativas do “mercado”, naturalmente composto também pelos seus adversários. Segundo esse critério as banais mentiras e contradições de Sócrates, valerão o mesmo que qualquer gaffe de Passos Coelho. O circo mediático subjuga a substância à forma, não há como fugir e de nada serve chorar.
No entanto, e noutros registos, os mais patriotas a partir dum dado momento são desafiados a não alimentar espúrias polémicas ou disputas.
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