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Compreende-se o efeito desejado pelo PSD com o recrutamento de um cromo difícil para cabeça de lista em Lisboa, para além do show off, à boa maneira das eleições no Sporting: um efeito de abrangência e pluralidade sem as maçadas duma ampla coligação proposta em tempos pelo CDS. O que se desconhece é se o eleitorado, antisistema, antipolítico, acompanha o Nobre e voluntarista candidato presidencial, cuja equívoca ascensão política exibe todas as qualidades menos a da coerência: entre a sua renegada filiação monárquica, à passagem pelo humanismo antipartidos, e a adesão “independente” ao PSD, há um esbanjar imenso de credibilidade. Na minha modesta opinião, Passos Coelho e o seu partido devem quanto antes concentrar-se num discurso patriótico de sobriedade que os distingam da camarilha que arruinou o país em seis anos de ilusionismo.
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