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Não me seria possivel deixar a data passar ao largo sem um comentário, um gesto de inconformismo. Mataram o Rei, mataram o Príncipe Real, e depois a turbamulta foi ao Alto de S. João, como se numa marchinha antonina, em volta da campa dos assassinos. Enquanto Portugal inteiro chorava, a medo, os Mártires...
Mas urgia ir além dos factos, de todos conhecidos. Trazer mais ao debate. Foi quando me lembrei do grande pensador monárquico, o Dr. Mário Saraiva, já falecido, a da sua obra literária, por mim religiosamente guardada. E, simultâneamente (talvez por um contacto recente como o seu bisneto António Eça de Queiroz, com quem partilho informação dispersa, correspondência aos poucos descoberta), do genial criador do Conselheiro Acácio e do Conde de Abranhos.
Um revolucionário, no dizer do pensamento oficial.
Eça, é sabido, morreu em Paris em 1900. Quando a superioridade intelectual e política de D. Carlos era já visivel e a melhor inteligência nacional nela apostava decididamente. Queiram, por favor, lêr Oliveira Martins, Ramalho, Fialho de Almeida, Luis de Magalhães... E Eça, enquanto esculpia os ditos Abranhos e Acácios, nas suas Notas Contemporâneas: «Começa este reinado no momento em que, pela dispersa hesitação das inteligências, pelo incurável enfraquecimento das vontades, pela desorganização dos partidos, pela inércia das classes - o rei surge como a única força que no País ainda vive e opera».
Referia-se, é claro, a El-Rei D. Carlos e à agitação em volta do Ultimato, coincidente com a Sua subida ao Trono.
Palavras do Dr. Mário Saraiva: à Monarquia chega-se tanto pela Razão como pelo coração. É, coração e Razão, de mãos dadas, valem uma Nação. Valem o fim da mesquinhez politico-partidária. Uma Ideia e uma Fé novas.
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"..., não podia ter sido mais insólita, mais bizar...
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Muito bem! É sempre um gosto lê-lo/ouvi-lo.Cumprim...
Ontem como hoje como sempre os trastes cobardes nu...