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Em defesa da democracia vem o meu amigo João Gomes de Almeida, a propósito desta diligente análise do Pedro Correia elogiar e defender mais atenção sobre o debate das eleições presidenciais, que ele desejaria mais aceso. Lamento discordar: do que necessita imperiosamente a democracia por estes dias é de acção, pois que debate público temo-lo profusamente mais ou menos interessante nas rádios e televisões, nos jornais e na Internet. Quase todos os dias assistimos políticos, politólogos e jornalistas a debater propostas e ideias para Portugal nos media. Não há notícia de relevância à qual não sejam chamados à colação especialistas do pró e do contra. É uma barrigada constante de debate, muitas das vezes protagonizada por políticos agrilhoados nas agendas dos seus paridos, coisa que resulta numa restrição argumentativa e de ideias simplesmente confrangedora. É nesse modelo discursivo que se inserem os candidatos à presidência, ostensivamente demagógicos, debitando provocações estéreis, promessas ilegítimas sobre matéria que constitucionalmente são impotentes, e o auto-elogio, meu Deus, que atinge uma patética desfaçatez. O que é que influirá para a realidade nacional que o próximo presidente da república deteste o regime e os partidos existentes ou tenha visto crianças a correr atrás de galinhas para lhes roubar o milho na sua terra natal? As prerrogativas do cargo relevam-no para a total irrelevância.
Nós portugueses hoje temos aquilo que merecemos: somos um povo descrente, uma Nação em acelerada dissolução sem ideal ou utopia, e o espectáculo proporcionado pelos candidatos a Belém é profundamente estéril e depressivo. Prodígio que será confirmado nas urnas em Janeiro.
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Obrigado pela demonstração de que a pessegada que ...
os jornalistas são 99% de esquerda. uma 'sociedade...
Caro Anónimo, aconselho-o vivamente a voltar para ...
Ha muito deixei de ver programas de debate, em áre...
Fala quem quer, ouve quem quer. Tal como na media ...