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Os portugueses dizem à boca cheia que a culpa do seu atávico conformismo e da sua proverbial mediocridade é a inveja (dos outros), sentimento a que, pelos vistos, os outros são especialmente atreitos. Quanto mais ambicioso é um desempenho, maior será a “reacção” alheia (inveja) e essa coisa até poderá causar incómodo ou inquietação. Como profilaxia ao conflito, o português prefere nada fazer: é usual escutarmos lamentos dos derrotados, vítimas da inveja. O fenómeno, que actua nos portugueses como se de uma praga se tratasse, amputa-lhes pela raiz quaisquer laivos de criatividade e ambição. O sentido de responsabilidade é a cedência final da vítima, derrotada pelos envenenados olhares de colegas, adversários e concorrentes.
Sendo “a inveja”, como “o ódio” ou “o amor”, um inevitável sentimento humano, transversal a todas as raças e credos, pergunto: afinal como agem os indivíduos de outros povos mais bem sucedidos, para quem a iniciativa, o empreendedorismo e a excelência são propósitos comuns, tantas vezes compensadores? Presumo que o que os distingue é o pragmatismo e a coragem com que se aplicam nos projectos, em contraste com a nossa proverbial pieguice e... o nosso medo, o mais perverso dos sentimentos. É o medo que nos tolhe: somos uma cambada de medricas.
Texto reeditado
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