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Diziam que era barato, quase "de borla". Afinal como habitualmente, tal era (mais) uma das mentiras deste Executivo, desta feita ajudado pelo Presidente da FPF, Gilberto Parca Madaíl. Não bastava a desastrosa e humilhante candidatura ao Mundial em que a ideia foi nossa e parecemos quase convidados, como escrevemos meses atrás aqui no CF, não bastava ter sido apresentada uma candidatura à principal competição mundial de futebol de uma maneira lesiva da história e do nome de Portugal, não era suficiente a invenção do homo ibericus” (!!!), agora a somar a tudo isso chega a conta: o Mundial vai custar 150 milhões de euros a Portugal !

Diz-nos o DN de hoje que "Dos 21 estádios indicados pela candidatura ibérica, só três são portugueses: Luz, Alvalade e Dragão. Das 18 cidades sede, 16 são espanholas, apenas Lisboa e Porto escapam a esta contagem. Dos 64 jogos que compõem a competição, Portugal será contemplado com 20 ou 21, sem final e sem jogo de abertura. Perante esta repartição, se quinta-feira o Comité Executivo da FIFA entregar a organização do Mundial 2018 ao projecto ibérico, a Portugal caberá um investimento de cerca de 150 milhões de euros (no Euro 2004, foram gastos 665 milhões só nos dez estádios), enquanto o torneio custará a Espanha perto de 350 milhões, aos quais são acrescidos 1,5 mil milhões de euros para a construção e remodelação de recintos.

Está bom de ver que nos saiu, de novo, a fava: 3 estádios apenas, um custo de 150 milhões! E o dinheiro vai voar já dos depauperados cofres nacionais!

Os primeiros milhões a sair dos cofres da candidatura ibérica (2,2 milhões dos portugueses e os 5,2 milhões dos espanhóis), poderão sair de imediato na próxima quinta-feira, bastando para isso vencer a eleição. Este montante oficializará o arranque da organização.

A relação de investimento de 70% para Espanha e 30% para Portugal será proporcional à receita que o Mundial irá gerar com patrocinadores, direitos televisivos e marketing. Sendo que nestes pontos, o retorno financeiro esperado é cerca de seis vezes e meia mais do que 510 milhões de euros estipulados para as despesas. E nestas contas não está contabilizado o lucro a médio prazo que a visibilidade da competição pode originar ao nível da promoção e turismo.

Escrevem os jornalistas do DN CARLOS NOGUEIRA e SÍLVIA FRECHES que, perante este tipo de repartição, quer de estádios, jogos e investimento, ressalta de imediato a ideia de subalternização de Portugal face a Espanha. Algo que desde o início foi desvalorizado pelas federações dos dois países e que, segundo o director-geral do Europeu 2004, António Laranjo, e o especialista em marketing , Carlos Coelho, em nada beliscam a imagem de Portugal perante o mundo. Ambos consideram que se a candidatura não fosse conjunta o projecto não teria viabilidade.

Laranjo é da opinião de que é o Mundial de 2018 que "beneficiará da boleia de uma organização sedeada em dois países geograficamente contíguos, culturalmente idênticos, linguisticamente similares, económica e socialmente próximos e apaixonados pelo futebol. A unidade ibérica é sem sombra de dúvidas o melhor veículo para transportar o mundial ao patamar de sucesso".

Também para Carlos Coelho a aliança ibérica significa "usar o poder da península" e não faz sentido pensar em perda de identidade. "Significa antes segurança em nos afirmarmos no contexto ibérico e deixarmos de fingir que somos uma ilha. O nosso nacionalismo não deve enfraquecer , mas temos de ser realistas e não cegar perante as oportunidades ", assumiu.

Como antes escrevemos é um ultraje quando responsáveis nacionais do futebol, autores da ideia da candidatura, se deixam ultrapassar por Espanha, que entretanto percebeu o potencial político para as suas cores da ideia que lhes foi proposta pelos portugueses, e aceitam que esta candidatura se denomine de "Candidatura Ibérica" e tenha um site com o mesmo nome na internet. É um ultraje quando o nome de Portugal, autor da ideia, surge agora em segundo lugar. É um ultraje quando o nosso País participa neste evento quase como se fosse um "convidado" de Espanha. É por fim um ultraje quando se aceita que um texto com este teor surja publicado no site oficial da candidatura:(...) España y Portugal, dos países con frontera común en los mapas pero sin líneas divisorias en la realidad cotidiana, hablan de unidad. Dos países que han caminado juntos una misma historia, la historia de la Península Ibérica, donde se han entrecruzado diferentes pueblos provenientes de desiguales horizontes no sólo geográficos, sino también culturales y religiosos. Portugal y España son dos pueblos donde sus ciudadanos comparten, y han compartido, el mismo destino, la misma fe en el futuro, las mismas ansias de progreso en una tierra hermosa, dura y rica, la que forjado el carácter del “homo ibericus” (!!!)

É, no fundo, Portugal no seu pior. E nós a pagar!

 


3 comentários

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De Octávio dos Santos a 29.11.2010 às 11:41

Se a «candidatura ibérica» vencer, bem que podia convidar Maria de Medeiros para porta-voz e «porta-bandeira»...
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De Paulo Selão a 30.11.2010 às 09:10

Ontém nas noticias voltaram a dizer que era quase de borla...
Como sempre tenho dito: Espero que percam!
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De Pedro Quartin Graça a 30.11.2010 às 10:33

É a mais completa intoxicação da opinião pública.Image

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