Corta-fitas

Olhando para este duo, sinceramente não sei qual deles é o pior. Ambos são demagogos e usam despudoradamente os meios do Estado para impingir a sua propaganda; os dois condicionam a liberdade de imprensa nos seus países (lá um pouco mais, que sempre é a América latina...); nenhum deles fala verdade aos povos que governam, ora prometendo o Sol na terra, ora convencendo os humildes de que se preocupam com o seu destino; juntos partilham uma concepção concentracionária do poder (no sentido em que nada deve ou pode fugir ao seu controlo, o qual procuram estender a todos os aspectos, manifestações e forças relevantes da sociedade); e, finalmente, qualquer deles nutre uma incontida admiração por  déspotas terceiro-mundistas. Um deles é-o, aliás. O outro gostaria provavelmente de o ser.
Pelo meio fazem uns acordos, aparentemente (que, com Sócrates, nunca se sabe…) proveitosos para o europeu, pelo menos na parte em que este despacha mais uns Magalhães para o índio (outrora eram vidrinhos e missangas…), comprando, desse modo, junto dos respectivos povos, a legitimidade que um deles seguramente não tem e o outro possui cada vez menos.
Seja como for, é sempre aviltante ver um País democrático aos abraços a uma ditadura plebiscitária, principalmente quando se trata de Portugal.

PS: já reparou como aquele pontinho vermelho, que parece prolongar um pouco mais o apêndice nasal de Sócrates, o aproxima da sua verdadeira natureza?