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Os rios não hão-de ser tão desumanos que as suas margens se desconheçam, não se alcançando, uma à outra, com o olhar. Entre nós, pelo menos, é assim. Ali à esquerda, do antigo cais da Alfândega, berra-se com os armazéns de Santa Marinha
(- Está a dar robalo por aí?),
e os de Santa Marinha respondem, num gesticular menos curial
(- "Queres fiado? Toma!"),
porque a esses preguiçosos de Miragaia basta subir a Marginal até ao Freixo, onde há fartura de peixe para todos.
Dos amuos para os amores, enquanto a paz se refaz, deslizam os dias neste Douro quase em final de viagem. Serenamente, sissiando entre o frenesim ribeirinho, o alarido das comadres. Tal qual a vida. Que pára jamais, nem damos pelo sua silenciosa passada, apenas por alguma irrequietude à tona, onde quase sempre as águas parecem dormir. Até ao nosso encontro com as surpresas do oceano infinito e azul.
E descendo o rio, ao longo do existir, as memórias e as saudades. Vivissimas. Ou não se perfilam, no cais de Gaia, umas quantas dezenas de rabelos, e, entre trancas, rolam pipas e pipas de vinho generoso, num desembarque que já não acontece há quarenta anos?
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