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Faz-me alguma confusão a banalização duma linguagem violenta e rasteira que prolifera em cançonetas, filmes e programas de televisão, direccionados à juventude ou a uma certa classe social "alternativa". Basta ver um filme de acção americano para classe média, um qualquer standup rasco, bonecos animados para adolescentes, ou escutar as palavras dum irrelevante recitador de RAP, para sermos agredidos com a mais hostil gíria e descontextualizado insulto a tudo o que mexe. Um dia destes vi na MTV, num reality show na moda entre os adolescentes, uma rechonchuda cachopa americana vilipendiando ao vivo a sua namorada traída; numa verborreia onde o epíteto “cabra” era o mais carinhoso dos adjectivos. Eram seis da tarde.
As boas maneiras não resolvem tudo, nem sempre contêm a semente de violência ou de auto-destruição que não raro brota na alma humana. Mas o pior é que as palavras e os símbolos nunca são só palavras ou símbolos; estão colados aos seus significados precisos que assim se exaltam. Estranho que a mesma adolescentocracia que tolera e trivializa estas aberrações “culturais”, vem a jusante chorar lágrimas de crocodilo e indignar-se com a violência doméstica, discriminação e outras enfermidades sociais que afinal alguma educação e valores teriam por certo resolvido ou atenuado.
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