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Leio na revista Ípsilon uma interessante entrevista ao historiador Filipe Ribeiro de Menezes, autor de uma nova biografia sobre Salazar.
A jornalista Maria José Oliveira garante que «Esperámos 40 anos por este Salazar», «a biografia mais óbvia» que «até 2009 ninguém ousou» (sic) escrever. «Foi preciso esperar por Filipe Ribeiro de Meneses, um jovem historiador nascido um ano antes da morte do ditador, para finalmente ler "Salazar"».
Talvez a jornalista não saiba, mas nos anos 80 do século passado, já lá vão mais de duas décadas, Franco Nogueira escreveu uma notável biografia sobre esse governante, cuja razão de ser não deixou de justificar também do seguinte modo: "E alem do mais, em qualquer caso, haverá de publicar-se uma primeira biografia sobre Salazar: terá a obra o mérito de desbravar caminho a cronistas futuros: e esses outros, mais frios pela passagem do tempo, melhor documentados pela abertura de novas fontes, menos travados pelo melindre, poderão preencher lacunas, sanar omissões, aclarar o que é obscuro, decifrar problemas."
Já que a jornalista atribui relevância à extensão da obra de Ribeiro de Menezes, destacando as suas “quase 700 páginas”, sempre cumpre recordar-lhe que o “Salazar” de Franco Nogueira compreende 2902 páginas, distribuídas por seis volumes.
Quanto ao mérito desta nova biografia sobre o antigo presidente do conselho, se ainda é cedo para formular um juízo fundamentado, confesso aguardar a sua publicação com elevada expectativa. É que, tal como sucedeu com a recente "História de Portugal", do historiador Rui Ramos, as respostas de Ribeiro de Menezes, agora prestadas à Ípsilon, evidenciam objectividade, rigor e uma adequada compreensão do Estado Novo, em claro contraste com o serôdio e descredibilizado historicismo neo-marxista, que teima em dominar uma certa historiografia oficial, de cunho marcadamente ideológico e de facção, como à saciedade o demonstra o patético programa comemorativo do centenário da República.
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