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Ouvi, há dias, José Sócrates dizer que todos temos o dever de "defender e melhorar o nosso Serviço Nacional de Saúde".
Como o ouvi, a 19 de Março de 2008, afirmar, no parlamento, que “a terceira [prioridade do Governo na política da saúde] é a gestão rigorosa e equilibrada do Serviço Nacional de Saúde. Foi este Governo que acabou com o crónico sub-financiamento do SNS, dotando-o dos recursos necessários, e modernizando a sua gestão”, logo acrescentando que o resultado da sua política foi “o reforço do Serviço Nacional de Saúde. Um Serviço Nacional de Saúde garantido pelo Estado, com dotação financeira adequada…”
É caso para dizer que não há nada como uma mentira dita com convicção para parecer verdade…
Já não falo das largas dezenas de maternidades, serviços de urgência hospitalares e de atendimento não programado nos centros de saúde que, ao longo destes mais de 5 anos, foram fechando por todo o País, deixando as populações do Interior cada vez mais isoladas e longe dos cuidados de saúde que o SNS deveria assegurar.
Falo agora, apenas, dos obscenos calotes que, nestes anos, a rapaziada socialista deixou acumular aos fornecedores do SNS e que são a verdadeira marca desta desgovernação rosa.
Apesar do reforço do Orçamento do Estado para a Saúde, que se verificou entre 2005 e 2010 (passou de € 7.634,0 milhões, estimativa já do Governo PS, para € 8732,2 milhões, este ano, ou seja, subiu cerca de 15%), o Governo devia aos fornecedores de medicamentos de uso hospitalar, no passado mês de Julho, 929,5 milhões de euros, às farmácias cerca de 100 milhões e aos fornecedores de dispositivos médicos mais de 500 milhões…
Tudo somado, e esta é só a parcela mais facilmente contabilizável das dívidas do SNS, o Estado pregou aos seus fornecedores (esses malvados privados…) um calote superior a 1.500 milhões de euros, isto para já não referir os números do Tribunal de Contas que, no início deste ano, calculou as dívidas do SNS em mais de 2,6 mil milhões de euros!
Significa isto que cada Português deve, neste momento, e só no que se refere a uma parcela das dívidas que o Governo deixou acumular no sector da Saúde, cerca de 150 euros. E, como quem paga são os contribuintes, menos de metade daquele número, é só fazer as contas…
E não se diga que dantes o Estado também devia. Devia, é certo, mas os Orçamentos para a Saúde eram bem menores, por um lado, e as dívidas eram bem inferiores às do actual legado socialista, o que se poderá facilmente demonstrar.
Como se tudo isto não fosse escandaloso (os fornecedores a ameaçarem o Estado com a cobrança de juros, os pagamentos médios a 10/11 meses – que empresa suporta os ordenados dos trabalhadores com calotes desta ordem?), é, já não patético, mas verdadeiramente obsceno ver a sorridente ministra da gripe A confessar, uma vez mais, a sua olímpica ignorância – que, no seu caso, equivale a criminosa irresponsabilidade – ao reconhecer “não saber o valor da dívida real do Ministério da Saúde”.
Mas enfim, nada de novo: é que já em 2008 a excelsa criatura tinha dito que a dívida do SNS era de um milhão de euros quando, na realidade, a mesma ascendia a bem mais de mil milhões!
E é esta gente que enche a boca com a defesa do SNS…
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