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Entrou no anedotário nacional a já célebre detenção de um agricultor de uma pequena aldeia de Celorico da Beira, em concreto Salgueirais, de seu nome Jorge Rodrigues, apanhado a conduzir uma carroça atrelada por um burro, com uma taxa de álcool de 2,84. Não foi, aliás, a primeira vez que tal aconteceu mas, neste pais mergulhado em plena silly season, esta notícia caiu como uma dádiva dos céus nas redacções já fartas de incêndios e da novela "Olímpia Feiteira" em que, num ápice, de destruiu de forma assassina a reputação e o carácter de Duarte Lima. Mas nem as circunstâncias da detenção (do condutor do burro) nem a elevada taxa causaram estranheza no povo. Afinal, "passa os dias a beber até cair". Na aldeia de Jorge a notícia da detenção "só trouxe alegria". É que o casal "são uns pilha-galinhas. Deitam a mão a tudo quanto podem".
Para o povo, o problema são os animais. "Têm uma cadela que é pele e osso. Passa os dias sem comer e o burro leva cada enxerto de porrada que mete dó. E, quando andam nas tabernas, o animal fica ao deus-dará", diz Deolinda, vizinha, para quem o casal "precisa de ajuda. De manhã à noite bebem e depois ficam em casa a curar a tolada [bebedeira]. Às vezes ficam vários dias sem saírem de casa", desabafa.
Queixas que não atemorizam Jorge Rodrigues, que ontem já andava estrada fora com a sua carroça. Nem o tribunal o amedronta. "Não penso largar o vinho. Posso deixar de conduzir o burro, mas o vinho não deixo", garante ao DN.
Convicções não lhe faltam. No meio desta história quem é verdadeiramente o burro?
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