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A Dr.ª Cândida Almeida integrou a comissão de honra do candidato apoiado pelo PS, Mário Soares, às eleições para a Presidência da República, em 2006. Existir uma lei dispondo que “É vedado aos magistrados do Ministério Público em efectividade de serviço o exercício de actividades político-partidárias de carácter público” não passou de um ‘pormenor técnico’. É claro, uma eleição presidencial não é actividade político-partidária (como se os partidos não se envolvessem directa, activa e intensamente nessas disputas...) e, mesmo que assim não fosse, o pai Soares está sempre acima da democracia político-partidária…
A Dr.ª Cândida Almeida considerava, em Março de 2006, que "O crime de corrupção, tal como está definido no nosso Código Penal, é impossível de punir".
A Dr.ª Cândida Almeida reconheceu, já em Janeiro de 2009, que "Sócrates não está a ser investigado" no caso Freeport.
A Dr.ª Cândida Almeida chefia um Departamento – o DCIAP – que, em Agosto de 2009, a um mês das últimas eleições legislativas, fez convenientemente saber que, “Até agora não há nenhum indício contra o primeiro-ministro”.
A piada de toda essa falta de investigação foi a frase da Dr.ª Cândida Almeida, proferida já este ano, de que "com o primeiro-ministro tenho de exigir mais na prova"...
Não surpreende, pois, que a montanha tenha parido um rato.
O que já surpreende mais, tendo em conta a identidade dos ora arguidos no caso Freeport, é a pouca ou nenhuma importância dada à declaração do primo do nosso primeiro quando afirmou que "acha que" José Sócrates conhecia Charles Smith e Manuel Pedro.
De recordar que Manuel Pedro trabalhou na Equipa de Missão para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco como assessor principal, até Março de 2001, era José Sócrates Ministro do Ambiente. E que o mesmo "Manuel Pedro, o mediador do negócio Freeport, escreveu um fax dirigido a José Sócrates. O documento foi apreendido pela Polícia Judiciária, nas buscas realizadas ao escritório da «Smith and Pedro». O mesmo canal refere que no fax Manuel Pedro trata Sócrates por «tu» e pede-lhe desculpa por o contactar via fax. E explica o motivo do fax:“É só para saberes o que está em causa”. O documento é de 1996, uma data que é um enigma para as autoridades, porque nesta altura Sócrates era secretário de Estado do Ambiente.”
Se calhar a explicação daquele conhecimento é simples: ambos frequentaram a mesma universidade, a tal de que era reitor o desaparecido Arouca, a quem o nosso primeiro, enquanto discipulo, escrevia estas delicadas linhas, bem evidenciadoras do estilo moderno de educação que perfilha para os alunos: "Meu caro, como combinado aqui vai o texto para a minha cadeira de Inglês" …
Moral da história: se tudo uma vez mais acabou bem para o nosso Pangloss, já o mesmo não poderá dizer o amigo Manuel, o qual, como o amigo Rui, passou também à pouco invejável condição de bode expiatório…
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