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por Luísa Correia, em 28.07.10

Desde o início do seu mandato que Sócrates mostra empenho, pelo que foi dizendo e fez outros dizerem, e pelas influências e interferências que exerceu, promoveu ou autorizou, em denegrir a imagem da Justiça, denunciando – designadamente pela voz altissonante do Bastonário da Ordem dos Advogados – a sua total parcialidade aos jogos de poder. Quererá ele, verdadeiramente, que acreditemos no trabalho – de resto, cheio de «pontas soltas», segundo os especialistas – que a mesma Justiça agora nos apresenta?


22 comentários

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De Não contem comigo a 28.07.2010 às 10:09

Sabendo-se que familiares, amigos, pessoas de inteira confiança de Sócrates intervieram na aprovação daquela coisa, tendo-se chegado ao ponto de ter havido provadas pressões de um seu colega e amigo para que as investigações não prosseguissem, só acredita na justiça que temos e nas declarações de ontem do licenciado ao Domingo quem, pobrezinho, for parvo.

 
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De Luísa Correia a 28.07.2010 às 15:14

Comigo também não contam, caro Não-contem-comigo. Aliás, ontem alguém deixou bem claro que há uma diferença entre a inocência real – de quem é ilibado porque há provas que o ilibam – e a inocência formal – de quem é ilibado porque «não há» provas que o culpem...
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De Onda de Calor a 28.07.2010 às 13:20

Uma coisa em que acredito plenamente é que não acredito bulhufas no «sistema de justiça» que temos.

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De Luísa Correia a 28.07.2010 às 15:21

Ora aí está uma palavra que desconheço, Onda de Calor: «bulhufas? Mas se estou a interpretá-la bem, subscrevo. Acredito nos agentes da Justiça. Mas não acredito naquilo em que a política, e em particular os actuais políticos, conseguiram (para esconder os seus rabos-de-palha) transformar o nosso sistema de Justiça. 
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De Anónimo a 28.07.2010 às 22:59

Luísa,

Os juízes estão de mãos atadas. Como julgar com as leis feitas pelos pulhiticos?

Processos - crime?  Em portugal não há corrupção, porque esta é impossível de provar. E porque é impossível provar? Porque  a investigação tem de ser dirigida e be dirigida, sendo que não é...por exemplo ao fim de quatro anos que se montam escutas para saber se o arguido recebeu daqui ou dali...

Prescrições, mudanças de lei ...Sócrates sabe bem o que fez, que permitiu que fizessem e claro, é tudo constitucional, enquanto não for pedida a inconstitucionalidade normativa...quem  a pede num processo em que está em causa um «tipo» que por enquanto tem poder? Niguém...a não ser que haja divisões internas e aí Luísa, creia, o máximo que acontece neste País é o «pulha» ser afastado ou ser nomeado para uma «fundação» qualquer...todavia, para se chegar a tal situação é preciso haver quem «os tenha» para denunciar as situações. Creia. Sei do que falo.
O empenho de Sócrates é um desempenho pessoal. Tem o mérito, ele e os que o secundam, os que não se lhe opõem inteligente e eficazmente, de nos fazer olhar para tras e apreciar figuras como Salazar e distinguir entre ditadores. Image


 
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De Luísa Correia a 29.07.2010 às 20:43

Para mim é inquestionável, caro(a) Anónimo(a), que o problema da Justiça não está nos seus agentes, juízes, advogados, procuradores e delegados – embora admita a hipótese de algumas «infiltrações». O problema está, em geral, na legislação que construiu o sistema e que define os procedimentos. Todo o mundo comenta, aliás, as leis feitas «à medida», certo? ;-D
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De Anónimo a 29.07.2010 às 21:33

Luísa, concerteza. Leis feitas à medida dos interesses....é tudo muito mau, muito mau, e sabe...às vezes são leis tão ...«ocas»

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De Luísa Correia a 01.08.2010 às 16:11

Educadinha, já tive oportunidade de ver como se fazem hoje as leis em certos ministérios. E o que vi foram legisladores com pouca experiência de produção legislativa e nenhuma na área sobre que tentavam legislar; não conheciam o quadro global, incluindo regulamentar, desprezavam o passado e definiam o futuro com base em ideias gerais e superficiais. Quando tive a tal oportunidade de ver, vi projectos com erros crassos, até de matemática (para efeitos estatísticos), e nenhum foi publicado que não sofresse imediatas e sucessivas revisões. Uma tristeza! :-S
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De Anónimo a 01.08.2010 às 17:22

«e nenhuma na área sobre que tentavam legislar; não conheciam o quadro global, incluindo regulamentar, desprezavam o passado e definiam o futuro com base em ideias gerais e superficiais»


Sim, Luísa. Sem mais....se tenho lutado contra isso! Há casos classicos na vida portuguesa em que isso aconteceu e estou em luta com este PS. Um PS que se esqueceu rapidamente de algumas coisas, mas a memória no meu caso não é curta. Nem a de outra pessoa que me tem acompanhado ou que eu tenho acompanhado - uma mulher de extraordinária inteligência e desempenho -, a quem a resistência, a coragem e outros atributos, não faltam. Com ela aprendi, proporcionou-me aprendizagem e é uma lutadora imparável. Estou a anos - luz dela, mas dá-me a honra de me considerar.
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De mcm a 28.07.2010 às 21:45

Ao começar a ler o seu post parei logo na palavra "empenho"...
Tudo o que esse senhor que menciona faça, com "empenho," eu desisto logo de querer saber o que é ou foi que ele fez ou fará...
E o motivo é simples:
- Tudo se revela, mais cedo ou mais tarde, um equívoco.
Estou deveras empenhada no fim do filme - que será mais tarde que devia.
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De Luísa Correia a 29.07.2010 às 20:55

Maria, esse outro empenho - construtivo - no fim do filme é já sentido pela maioria, mas nem assim. E qualquer coisa me diz que o tempo, porque evolui em ciclos e contraciclos, é sempre favorável aos que, momentaneamente, estão na mó de baixo. :-S
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De mcm a 29.07.2010 às 22:03

Ele já não está na mó de baixo!
Ele está soterrado por uma tonelada de mós em cimento e chumbo...
"Pero se move"...
-"Et la nave vá"...
Ps: Isto apelando ao meu recordatório cinéfilo italiano.
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De Cristina Ribeiro a 28.07.2010 às 22:20

A venda da justiça portuguesa está feita com os poderosos: umas aberturas imperceptíveis permitem-na ver QUEM é o réu, e então agir em conformidade.
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De Luísa Correia a 29.07.2010 às 20:57

É cega como os morcegos, li hoje não sei onde, Cristina. Tem o seu sistema de identificação de obstáculos por ecos... ;-D
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De Eu li esta a 29.07.2010 às 21:03

Eu li por aí que a justiça é como um morcego, é cega mas sabe o que há-de contornar...


Image
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De Anónimo a 30.07.2010 às 01:50

A justiça é como os morcegos...sim é cega. Terrivelmente. Mas também é terrivelmente boa «ouvidora»...tal como os morcegos....Image
E isso que nos lixa...
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De Luísa Correia a 01.08.2010 às 16:21

Talvez devêssemos mudar o registo para vampiros. É que dos morcegos insectívoros até gosto…Image
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De Anónimo a 29.07.2010 às 21:45

Cristina e Luísa,

É sim, tudo isso. Muito isso. É revoltante ver certas figuras na televisão falar da Justiça, quando são as primeiras a contribuír para mudar o sistema...mas pela negativa.
Falsos! Hipócritas! Manipuladores.

Quem sabe um dia ponho umas coisas cá fora...cada vez me apetece mais...

O importante é que continue a haver advogados que se borrifem no sistema implantado e remem contra a maré, e garanto-vos, nunca é de desistir. Muitos desses pulhas xuxas sabem que é assim...a volta que esses gajos deram, revelou, na verdade, a política deles - a do interesse. A sociedade civil, a comunidade de alguns que o Estado destruíu com as merdas das economias deles, é pura e simplesmente um item paralelo, sem interesse. De tal forma que até publicam leis a 26 de Dezembro ...retirando direitos adquiridos a doentes, dado o dito pelo não dito...com  a petulância de pretenderem ensinar a quem mais do que eles sabe, a diferença entre a regra, a excepção, num autêntico exercício miserável de funcionários de empreitada ... das Novas Oportunidades.

Image
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De Luísa Correia a 01.08.2010 às 16:24

«Quem sabe um dia ponho umas coisas cá fora...cada vez me apetece mais... »
Não pode ser já hoje, por favor?!!! Image
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De Anónimo a 01.08.2010 às 17:04

Luísa,

Ando há muito tempo a adiar algo que já devia estar cá fora há muito tempo. Acredito plenamente que há magistrados que querem fazer o seu trabalho e não PODEM!!Mas se tiverem a união de interessados ( no sentido jurídico do termo) acredite que tudo se faz, mesmo que o Tribunal Constitucional apareça posteriormente com exercícios de imaginação normativa!! Porque se a imagem for devidamente registada, creia que o arguido ou arguidos, não voltam aos pelouros da política!!

Sim! Há coisas que envergonham! Há coisas que nos fazem pensar a sério na hipocrisia daqueles que se chegam à TV e falam de Estado De Direito! Luísa, a frase certa para esses energúmenos do moralismo é esta

« Vá à MERDA».

São todos fortes porque não têm oposição devida, porque há quem tenha medo. Eu nunca vi um Portugal tão enterrado em vergonha, em «olhos baixos», em escândalos. Mil vezes Salazar!!!

Claro que não vejo de bons olhos um tipo que se deixa fotografar ao lado do PGR em pose de convivência social...qual é a mensagem de tal imagem? Para mim só há uma! O MP é o titular da acção penal e então aparece junto a um individuo constantemente enrolado em escandaleiras? Até por uma questão de cautela, de prudência, de respeito, de salvaguarda do sentimento dos administrados - os portugueses - sequer se deviam permitir a tamanho espectáculo.

NOJO! Profundo NOJO!

Educadinha

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