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Uma Causa Nacional

por João Távora, em 05.07.10

 

Por mais que tal seja silenciado pelos grandes meios de comunicação do regime, suspeito que o sistema duma chefia de Estado monárquico constitucional atrai muitas mais simpatias em Portugal do que nos querem fazer crer. Para além daquelas elites e quadros que se escondem mais ou menos envergonhados nos diversos partidos e órgãos de poder da república, basta puxar a conversa na rua ou nas escolas, percorrer os mais influentes blogues e redes sociais para obter consciência de que a Causa Monárquica tem adesão e muitos simpatizantes. E aqui refiro-me a “simpatia” com o seu significado intrínseco e distinto de “militância”: para descanso dos mais empedernidos republicanos, a questão da chefia do Estado está longe de ser prioritária para a frágil classe média portuguesa, para quem são decisivas as contas da governança corrente de que depende a subsistência material duma família portuguesa.

De resto, como eu previ há algum tempo, desconfio que o que prevalecerá nas comemorações do Centenário da República por este País que se arrasta acabrunhado na História e no fundo de quase todas as tabelas de indicadores de bem-estar e progresso, é a brutalidade e infâmia do regime antidemocrático que sobreveio sujo de sangue em 1910, e que degenerou no regime de Salazar. O que sobrará destes festejos inusitados, é o reconhecimento e a divulgação duma outra bandeira que foi portuguesa e de liberdade.

Aqui chegados, acredito constituir o próximo dia 5 de Outubro, que está já aí na curva do calendário a seguir às férias, uma oportunidade ímpar na História para uma pacífica mas categórica mobilização de muitos portugueses monárquicos ou simples simpatizantes. Julgo que esta será uma ocasião preciosa para se prescindirem de divisões, comodismos ou egoísmos e sairmos à rua para restaurarmos o sonho de sermos Portugal. Não constando ainda nenhum programa ou acção para a efeméride que se aproxima, cabe à direcção nacional da Causa Real em consonância com as Reais Associações locais, assumirem com ambição o protagonismo que o calendário e a História este ano nos oferece de mão beijada. E cabe decididamente a todos os simpatizantes desvanecerem as suas dúvidas e hesitações e prepararem-se para assumirem o protagonismo que a ocasião exige.

No próximo dia 5 de Outubro a todos se nos exige a devolução da esperança ao futuro de Portugal. Onde seja, estaremos presentes.


17 comentários

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De Ega a 05.07.2010 às 17:35

As comemorações maçónicas foram um fracasso.
qualquer pessoa de bom senso e boa fé questionar-se-à como e porquê se «desviam» dez milhões para este centenário que pouco diz à grande maioria dos portugueses.

Obviamente, a explicação é só uma, e a de sempre: desviar atenções. Entreter o povo com «inimigos» novos, distraí-los do fracasso que é a governação actual.

De um modo geral, foram mal sucedidos.
Muitos tem uma ideia simpática da Monarquia.
Muitos preferem a República, mas daí ao ódio e intolerância, a distãncia é grande.

Leiam o JN de hoje - comemorações em Espinho. Uns a favor da República, outros da Monarquia. Todos participando com as suas opiniões. O jornal, uma vez mais, lá diz: não ganhou a Monarquia nem a República.

E, nós, monárquicos, nada queremos impor a ninguém. só não queremos a mentira e o achincalho sobre História e vultos que respeitamos. Por isso a nossa intervenção. Sempre sem carreirismos.
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De Marquesa de Carabás a 05.07.2010 às 18:57

Ó Senhor Ega,

Mas sempre vai ter passeta ou não?
O senhor João Távora a apelar à mobilização das tropas e o Senhor a falar em leitura e  em móveis do ikea...não está a referir-se a sofás, presumo...
Ou bem que é passeta ou bem que não é! Caso seja passeata é favor anunciarem a coisa com antecedência...há umas listas ENORMES de monárquicos, que assinam blogs, fazem parte de Associações, etc... e, estão certamente já de agenda em punho.
Claro que também há os curiosos, os indecisos, os cartesianos, os habituées, os que vão lendo o JN, os que até são repúblicanos, os que debatem em blogs e,  os que compram sofás...mas esses vão sempre.


A minha pequena e humilde caléche ao dispôr de V. Excia, como habitualmente.

Estou é um ligeiramente confusa com aquele outro agendamente do "falecimento da falecida República, onde o Senhor não podia estar presente, tendo eu a tarefa de apresentar os sentimentos com cara de sapato apertado, (que aliás tenho treinado afincadamente)...se a coisa calha no mesmo dia e à mesma hora é complicadissimo. Bem vê: apresentar os cumprimentos compungidos e participar numa passeata, apresenta problemas logisticos de muitissimo difícil resolução.(a capeline)
Em que é que ficamos? Morre a falecida antes?



Cumprimentos,



Marquesa de Carabás




 
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De Ega a 05.07.2010 às 22:38


Senhora Marquesa:
Agradeço-lhe, penhoradíssimo, a sua caleche. É que já não me chega senão para, muito raramente, uma tipoia da Companhia. E, mesmo assim, só a do Manco. Aquele que herdou o nome da alimária que a puxa.
Portanto, Ex. Marquesa, de passeatas é como vê. Cá dentro. Não dá para mais. Longe vão os tempos do Egipto (Alexandria uma seca - pior do que Braga...), de Paris, do mundo.
Coisas que essa Velha danada nos arranjou. Mas o Chiado gosta dela, celebra-lhe os responsos e... quem somos nós?
Não, por este andar, é Celorico com ele e uma fartura de batatas em volta do pernil de javali. Defendendo o milho e os mais interesses da vizinhança, assaltados pelo dito javali, a que lá chamam «Velha» também. E reposando numa canapézinho da varanda que um primo afastado trouxe do reino da Suécia, embrulhado num cartucho de papelão que dizia somente «Ikea», e viajou de cabeça para baixo.
Isto vai mal, Venerandissima Senhora Marquesa, isto vai mal. Mas respeite-se, acima de tudo, a vontade dos portugueses que gostam de andar mal, porque senão tinham de cumprir essa terrível maçada de dizer bem.
Aceite os meus respeitosos cumprimentos

J. da Ega

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