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Socialistas contra a liberdade

por José Mendonça da Cruz, em 01.07.10

Agora, o investimento estrangeiro de que precisamos como água para a sede já sabe: deve investir aqui apenas se considerar que devem ser tomadas pelo Estado socialista todas as decisões sobre quando, quanto, onde, por quanto e até quando.

Agora, os bancos nacionais já sabem: Sócrates tê-los-á sob a mira para alguns disparos demagógicos acerca de lucros, mas será sempre cego à crise de liquidez que os põe em risco e porá ainda mais.

Agora os accionistas grandes ou pequenos das empresas com golden-share já sabem: no Portugal socialista não existem bons negócios no sentido de investimentos oportunos, mais-valias, valorização de activos, oportunidades de negócio. Aqui, os bons negócios só se fazem com o governo, seja sob a forma de empreitadas caras para amigos, fortunas por ajuste directo ou assessorias e cargos diversos.

Agora, a PT já sabe: um negócio que lhe valeria um encaixe igual ao seu valor em bolsa não vale nada quando comparado com arroubos pseudo-patrióticos.

E, no futuro próximo, talvez haja boas oportunidades de gargalhada quando a União Europeia e uma empresa espanhola endireitarem nos tribunais o que os socialistas entortaram a seu favor. Obviamente, será uma vitória da liberdade.


7 comentários

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De Paulo Rosário Dias a 01.07.2010 às 13:30

A participação na Vivo é muito importante para a PT sobretudo para actuar e prosperar no mercado brasileira.

Mas Golden Share é despotismo. Se o Estado quer controle sobre uma empresa, tudo bem, compre acções como os outros!
A UE que actue.
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De Tiago Mouta a 01.07.2010 às 14:22


Caro José

Se abdicarmos do controlo de sectores estratégicos como energia e telecomunicações, ficaremos reféns de sabe se lá quem perdendo a réstia de soberania que temos!!!
Não sou fã Socrático, mas apoio a decisão... Liberalizar mercados, com o mercado polarizado é para sermos completamente engolidos pelo mundo... Adeus soberania!!!
Mas ainda temos a machadada do tribunal Europeu na nossa mini soberania...
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De Até o Vital Vitalino... a 01.07.2010 às 14:32

Vital Moreira considera que a utilização da ‘golden share’ do Estado na PT “tem dois problemas”. Um deles, explica, é que a decisão “vai ser seguramente impugnada na justiça europeia” e o outro, acrescenta, é que a Telefónica “enraivecida pela desfeita” pode lançar uma OPA sobre a própria PT.
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De Luísa Correia a 01.07.2010 às 15:20

Não há como a duplicidade para minar a confiança. As empresas são privadas para uns fins, públicas ou mistas para outros… Ninguém sabe, realmente, com que linhas se cose.

P.S.: Mas oiço que a nossa Justiça se alçou, de repente, ao patamar de uma das melhores do mundo. Vá lá… ;-)

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De PMatos a 06.07.2010 às 19:03

"Ninguém sabe, realmente, com que linhas se cose"

Não é bem assim... quem compra acções em empresas com "golden share" sabe que qualquer decisão tomada numa assembleia geral pode ser impugnada ou vetada pelo accionista que detém esse poder...

É mais ou menos o que se passa na ONU em que os seus membros permanentes possuem direito de veto sobre decisões tomadas no Conselho de Segurança... quem pretende aderir à organização sabe que existe essa condição especial...

No caso da PT, o risco era conhecido pela Telefónica e pelo BES que queria mais uns milhõezinhos de lucro... desta vez o chefe do Ronaldo esqueceu-se das pistolas em casa para defender os interesses nacionais...
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De Nuno Castelo-Branco a 01.07.2010 às 16:00

Desculpe-me a ignorância, mas essa gente accionista não sabia que o Estado tem uma golden-share? 
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De Velho da floresta a 01.07.2010 às 18:41

Penso que o Estado tem que ter um papel importante nos sectores fundamentais da economia nacional, se as telecomunicações e principalmente a participação de uma empresa nacional, no capital de outra estrangeira ambas desse ramo, se enquadram nesse âmbito fundamental, com efeito parece-me que não. Porém duas coisas há a ter em conta, uma, a declarada intenção (mal ou bem) do governo português, em impedir o negócio da telefónica, o que se eu fosse o CEO da empresa espanhola, me faria repensar a oportunidade de continuar com a oferta, pois apesar de tudo uma empresa por muito grande que seja, é apenas uma empresa e o governo de Portugal por muito mau que seja, representa um país com peso a mais para a Telefonica , caramba ainda não somos o Vanuatu, a outra é termos consciência que todos os países ocidentais enchem a boca, com a liberalização economica e a livre circulação de capitais, apenas enquanto os seus interesses concretos não chocam com essas liberdades e direitos, eu ainda não me esqueci do escandalo que foi o comportamento das autoridades espanholas, durante o processo de pretensão de aquisição por parte da GALP, de uma fatia importante do mercado de fornecimento e distribuição de combustiveis em Espanha, que como todos se recordam falhou em favor de uma empresa  (pequena) espanhola.

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