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As sondagens da Universidade Católica hoje divulgadas constituem uma angustiante "não notícia": apesar do partido socialista em queda elas ostentam ainda uma galhofeira maioria de esquerda, com a abstenção de mais de metade inquiridos, factor que as tornam manifestamente inconclusivas.
Enquanto o poder é tratado como uma batata quente que ninguém quer disputar, tragicamente o que nos sobra para os próximos meses, além do desemprego, do estio e da paria, é uma dramatização da discussão em torno das eleições presidenciais, uma espécie de silly season política, um fogo fátuo para alimentar intrigas e parangonas nos jornais, manter entretidos os gabinetes e suas clientelas, enquanto o país se afunda na pobreza e na desmotivação generalizada.
Chamemos os bois pelos seus nomes: é comprovadamente irrelevante para o sucesso do nosso desgraçado país o nome do próximo inquilino de Belém.
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