Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Assim como sei que a Primavera chegou quando as andorinhas entram a sobrevoar – e, frequentemente, a marcar território… - no meu estendal, também sei que chegou a «silly season» quando os primeiros fumos incomodativos da sardinha assada sobem dos quintais da vizinhança e me invadem a cozinha, e quando aspiro, metaforicamente, os mesmos eflúvios nos telejornais. Este ano, porém, a «silly season» traz aromas duplamente «silly». Não é tanto pelo afluxo das «não-notícias» de ocasião - a nova moda dos fatos-de-banho femininos completos e o seu contributo para o clima nacional de «inverdade»; a proliferação das havaianas como afirmação de direitos e garantias; as alfaces gigantes que medraram nalgum cantinho de Loures, promessa de um renascimento agrícola; o concurso, com acesso ao Guinness, do melhor «copo» português para prova de idoneidade vinícola… - aliado a todo o trabalho de análise estratégico-psicológica do «entrevero» em curso na África do Sul. É, sim, pelo vazio da nossa política. Como não há acção, nem há resultados, só palavras e politiquice mesquinha, dessa que forja escândalos em vãos de escada, não há conteúdo noticioso com substância, e tudo soa a balofo, falso ou propagandístico, por vezes ridículo, sempre redundante e embrutecedor. Eu própria já nem sei que comente, genericamente, sobre política nacional, que não sinta como atentatório – por repetitivo e inútil – da inteligência de quem me lê. «Silly» por «silly», prefiro as «não-notícias». Aliás, vendo bem, tenho cá uns comentários a fazer à moda dos fatos-de-banho masculinos…
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Militancia disfarçada de jornalismo (Observador in...
A excelência do jornalismo de Mário Crespo(ainda s...
https://www.express.co.uk/showbiz/tv-radio/2135018...
ahahahah, uma evidência dos comentários: À direit...
Pois, estão todos errados, a maioria, você é um do...