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José Sócrates é muito optimista.
Como Pangloss, o mestre do inocente Cândido, Sócrates quer fazer o povo acreditar que “É tudo para o melhor no melhor dos mundos possíveis" e que ele, obviamente, é o melhor para Portugal. Não se sente, às vezes, o único a puxar pelo País?
Os casos comprometedores, em que se vê constantemente envolvido, não passam de singulares coincidências ou, pior, de obscuras conspirações: desde uma impagável licenciatura ao Domingo até ao desleixo profissional quando exerceu funções na Câmara Municipal da Guarda, onde já simpatizava com a causa do aborto (embora ainda na sua vertente urbanística), desde as suspeitas denunciadas na imprensa sobre o seu envolvimento no caso Freeport até à misteriosa participação como ‘chefe máximo’ no condicionamento da liberdade de imprensa, aquando do célebre caso TVI - estranha mas convenientemente parado há quase um ano no Ministério Público.
Para Sócrates todos esses males vieram por bem. Não o têm tornado ainda mais impune, à medida que foi baixando a exigência ética dos Portugueses?
Para ele, qual Pangloss, tal como as pedras foram feitas para construir castelos, os Portugueses existem para o manter no poder.
A multidão de sabujos que o rodeava, desde políticos situacionistas a empresários dependentes, gestores subservientes e comentadores comprometidos, coadjuvava-o na defesa da admirável tese de que tudo estava bem e que Portugal era o paraíso.
O Povo, cândido, estava satisfeito, caindo repetidamente nas suas esparrelas, fosse a de que não aumentaria os impostos, a de que não cobraria portagens nas SCUT ou ainda a de que iria criar 150 mil postos de trabalho. Os bons resultados, alcançou-os em 2005 e conseguiu ainda repeti-los, embora enganando menos eleitores, a 27 de Setembro de 2009.
Para Sócrates, um deslumbrado que disfarça nos fatos Armani e no jogging, a sobriedade e a sageza que obviamente nunca teve nem soube adquirir, bastava que o Povo acreditasse nos seus golpes de mágica e nas ilusões de abundância e modernidade que, enganosamente, sabia vender. A liberalização do aborto, o namoro à causa gay, os inúteis Magalhães, as passagens quase administrativas na escola, são bons exemplos dessa agenda alegre que ele lançou para enganar os tolos.
Mas, infelizmente para o nosso Pangloss, as mentiras de 5 anos começam a ceder perante o confronto que o País está, finalmente, a fazer com a dura realidade que, tal como a Natureza, se começa agora a impor a galope.
O País, outrora belo para Sócrates, está de rastos. Sem valores, sem ética, sem atitude, sem rasgo, sem dinheiro, sem emprego, sem competitividade, sem governo digno desse nome.
O fim desta novela é previsível.
Os Portugueses já não acreditam no optimismo irrealista e doentio de Sócrates. Quando fala, as pessoas riem-se, quando não o insultam. E com razão por saberem que se deixaram iludir durante tanto tempo por alguém com um percurso tão pouco recomendável.
Os Portugueses, outrora cândidos, perceberam já que, como na novela de Voltaire, "É necessário cultivar o nosso jardim", ou, dito de outro modo, é preciso trabalhar a sério. O que só poderá ser feito com sacrifício e esforço colectivo, mas também apenas com gente credível à frente do País. Com conversa mole já não vamos lá.
O tempo de Sócrates – que muito mais acertadamente se deveria chamar José Pangloss Pinto de Sousa – está pois finalmente a acabar.
E então teremos de recuperar estes anos perdidos para Portugal.
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óptimo, pode alargar a área de fogo controlado par...
Maria,num terreno da minha família foi o Estado qu...
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Não sei responder
Se o pagamento é feito contra a demonstração de qu...