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«Diz-nos alguma coisa de saboroso esta Ermida de Nossa Senhora de Monserrate, nas Amoreiras. Encravada no vão do quinto arco do Aqueduto, logo a nascer na Casa da Água, com o seu corpo saliente do altar-mor caindo sobre a velha Rua "do Rato para Campolide", a Ermida evoca-nos um pedaço da vida setecentista lisboeta, e um quadrinho animado do século XIX.
Erigiram a Ermida neste sítio, em 1768, os fabricantes da seda, que tiveram o Rei D. José por seu lado.[...]
Ela viu o Marquês de Pombal, ele próprio, em 1771, plantar a primeira amoreira das trezentas que engrinaldaram a praça; viu subir, em 1767, o primeiro fumo dos fornos da Fábrica da Louça, de Tomás Brunetto e Salvador Inácio;...
... assistiu ao alvoroço popular quando correu água, pela primeira vez, no chafariz do Rato;...
... seguiu, dia a dia, o retalhar de quintas, o abrir de ruas, o crescimento do bairro nascido de um sítio por influência das "reais manufacturas"; e viu, numa manhã de Abril de 1851, chegar aqui, vinda dos Prazeres, a Feira das Amoreiras – a avó das feiras de Belém, de Alcântara, de Santos – com o seu arraial, os seus teatrinhos pitorescos, as suas figuras de cera, os "robertos" e os irmãos Dallot.
E viu acabarem a Real Fábrica das Sedas, a Fábrica da Louça, a Fábrica dos Pentes, irem-se embora as amoreiras todas, ir-se embora a Feira, e irem-se embora os frades oratorianos de S. Filipe Néri e as freirinhas endiabradas do convento do "Rato"»...
(Norberto de Araújo, Legendas de Lisboa).
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Não deixa de ser muito semelhante ao que acontece ...
Portugal está a precisar de um Daily Wire.Infelizm...
... máquina fotográfica, papel higiénico ...
Simplesmente infame, o esfregão da sonae.Juromenha
Basicamente não discordo do postal mas estranhei l...