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...apresentar um voto de pesar por esta ofensa ao 'Pai dos Povos'?

Avante! - Edição Nº1549 - 07-08-2003
No 50.º aniversário da morte de Estaline
O 50º aniversário da morte de Estaline (05.03.1953) foi comemorado sem indiferença e com respeito na antiga URSS, mas noutros países com o habitual «grande espectáculo» que os «media» ocidentais costumam dedicar a todos os acontecimentos em que Estaline se distingue. Uma vez mais, vieram à baila os muitos milhões que teria mandado executar e, enfim, toda uma série de horrores a que a História, a verdadeira, não consente aval. O nome do escritor Alexandr Solzhenitsyn oferece constante fonte de apoio a todos os especuladores na matéria. A sua afirmação de que os «excessos» de Estaline teriam conduzido milhões de pessoas à morte, serve-lhes às mil maravilhas. Mas parece que as coisas não foram bem assim...
Apesar de uma intensa barragem de comentários duvidosos, Moscovo abriu num dos museus da cidade uma exposição dedicada à vida e obra de Josef Vissarionovitch Djiugashvili. Tirando partido da crescente nostalgia do povo russo pelos dias em que o socialismo parecia afirmar-se e Estaline lhe dava credibilidade, os organizadores da exibição abriram ao público moscovita que acorreu ao Museu da História Contemporânea Russa (antigamente, o Museu da Revolução), diversas salas onde se apresentaram fotografias, cartas, documentação diversa e objectos que pertenceram ao antigo governante soviético. Este, através da agitadíssima carreira que se conhece, esteve no poder durante mais de três décadas. A sua morte foi profundamente sentida pelo povo das repúblicas soviéticas. A sua memória não se apagou do espírito daqueles que lhe conheceram a trajectória. É por isso que tantos milhares de pessoas, apesar da campanha imperialista que aponta as fomes, as guerras, as repressões, as purgas, os «gulags», como características chave da carreira de Estaline, acorreu à exposição demonstrando firme certeza nos ideais do comunismo e lastimando o rumo que os acontecimentos tomaram, entretanto.
A acção de Estaline fez tremer os imperialistas (e ainda faz ...)
Estaline fez parte, inevitavelmente, do primeiro governo de comissários do povo saído da Revolução de Outubro, sobraçando a pasta das Nacionalidades. Nesse governo, a que Lenine presidia, entraram, também, Rykov (Interior), Milyutin (Agricultura), Schlyapnikov (Trabalho), Nogin (Comércio e Indústria), Lunacharsky (Educação), Stepanov (Finanças), Trotsky (Negócios Estrangeiros), Lomov (Justiça), Teodorovitch (Produtos Alimentares), Glebov (Correios e Telégrafos). Os assuntos militares eram dirigidos por uma comissão formada por Antonov-Ovseyenko, Krylenko e Dybenko.
O papel de Estaline durante a guerra civil provocada pelas intrigas e pelas invasões dos países imperialistas que pretendiam sufocar o Estado socialista logo à nascença, é objecto de muitas, sempre controversas considerações. O mesmo tem de dizer-se quanto à chefia exercida durante a 2.ª Guerra Mundial. Mas existem poucas dúvidas de que Estaline se elevou ao mais alto nível de dirigente militar e político numa época cruel e rude em que liderou o país dos sovietes até à vitória final e à entrada do Exército Vermelho no Reichstag. Basta que notemos as principais revelações dos marechais soviéticos, Jukov e Rokossovsky, só para citar estes dois nomes históricos.
Outro capítulo da trajectória de Estaline em que os dirigentes e os propagandistas do capitalismo mundial se mostram extremamente intransigentes e vorazes (compreende-se porquê...) é o da campanha da colectivização das terras. Mas a intransigência de Estaline era, igualmente, compreensível. Assim, a 6 de Fevereiro de 1928, dizia ele: «Os camponeses pobres e uma proporção considerável dos de nível médio, venderam e já entregaram ao Estado toda a sua produção de trigo. O governo pagou-lhes, segundo os preços acordados. Mas pode admitir-se que o nosso mesmo governo pague aos “kulaks” (grandes proprietários) duas vezes mais por iguais quantidades de trigo?». Os «kulaks», obviamente, foram liquidados como classe social. Mais tarde, em 1935, Estaline tinha, ainda, esta famosa conclusão para nos dar: «Deve compreender-se que de todas as preciosas formas de capital que existem no mundo, a mais decisiva é formada pelos homens e, entre estes, a mais preciosa são os quadros partidários».
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