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Só mais um passo para o abismo

por João Távora, em 22.06.10

O assunto da supressão das SCUT sob o princípio do Utilizador Pagador, convenientemente embrulhado na questão dos chips, é prova provada da completa ingovernabilidade deste País. Qualquer cidadão com memória lembra-se que o fim das SCUT  foi bandeira empunhada por Bagão Félix há cinco anos no governo PSD CDS de Santana Lopes, sob a berraria indignada das Comissões de Utentes e autarcas respectivos, sempre patrocinadas pela oposição Socialista. Hoje os mesmos protagonistas simplesmente trocaram de lado na barricada: com custos insustentáveis para o erário público, em boa hora o governo Sócrates viu-se obrigado a inverter a estratégia, quem sabe se reconhecendo que não cabe aos contribuintes indiscriminadamente pagarem as auto-estradas que não usam. Em sentido contrário posicionam-se agora os partidos da direita, numa tentativa de tirarem partido do descontentamento das populações que perdem privilégios, e de se descolarem da impopularidade do executivo.

Finalmente, fazer dos chips nas matrículas um "caso" insanável parece-me um mero pretexto para a assumpção duma atitude oportunista, tanto do meu partido quanto dos sociais-democratas: o monstro do big brother a controlar os automobilistas tugas é um argumento populista e incendiário que assanha facilmente as hostes tão propensas a teorias de conspiração. E que, por um mero prato de lentilhas, não hesitam empurrar Portugal um passo mais em direcção ao abismo.


5 comentários

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De DOu razão ao pessoal do grande Porto a 22.06.2010 às 11:59

Não faz o menor sentido que eu, que vivo em Lisboa e não tenho via verde, seja obrigado a comprar um chip para um dia, que não vislumbro, em que passar por essas SCUTS lá para a região do Porto.
Ou era em todas ou não era em nenhuma.

E se o pessoal da região do Porto optar por passar em massa sem ter comprado o chip quero ver como se resolve a coisa.

O que nasce torto tarde ou nunca se endireita.
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De PedroS a 22.06.2010 às 12:33

Vivo no Norte, e não me repugna que as SCUT passem a ser portajadas. Mas repugna-me que o Estado obrigue o pagamento a ocorrer apenas por meios electrónicos. Por que razão não pode haver portajeiros como na outras auto-estradas? E o que é que o Governo tem a ver com a forma como um concessionário (privado) de uma auto-estrada cobra as portagens?

PS: Tenho Via verde, e por isso nem sequer preciso de fazer nada para circular nas SCUT, mas muita gente terá de perder tempo e ter chatices  acrescidas por causa desta obrigação inventada pelo governo.
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De Essa é simples a 22.06.2010 às 12:46

Não pode haver portageiros pela razão simples de que as SCUTS têm ene entradas e saídas onde seria caríssimo ou mesmo impossível fazer praças de portagem.
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De Francisco Sousa a 22.06.2010 às 12:40

"em boa hora o governo Sócrates viu-se obrigado a inverter a estratégia, quem sabe se reconhecendo que não cabe aos contribuintes indiscriminadamente pagarem as auto-estradas que não usam"!!!!!!!!!!
Mas será que conhece a REALIDADE da região? Será que teremos de usar a E .N. sem qualquer condição alternativa? Será que vamos regressar ao passado e começar a pagar aos "senhores feudais" pela passagem pelas suas terras? Por este andar, qualquer dia nem carro podemos ter, pois teremos de pagar em qualquer estrada que se utilize...
Se toda a gente fosse da minha ideia, pura e simplesmente NINGUÉM PAGAVA, é essa a atitude que TODOS deveríamos tomar e mostrar a nossa indignação.
Tenho dito.
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De Giro a valer: os carros destrangeiros a 22.06.2010 às 12:50


No dia 1 de Julho está previsto iniciar-se o pagamento de portagens em 3 scuts.
Os condutores de veículos de matricula estrangeiras estão igualmente obrigados a tal. Mas de que forma, uma vez que não existem portagens físicas?


Muito simples:


1. são obrigados a ter um cartão de crédito «com conta bancária válida associada» e adquirir um sistema tipo via verde;
2. Mas se tal «não for possível», devem comprar um sistema/cartão de pré-carregamento;
3. A aquisição de tal sistema/cartão implica um pré-carregamento no valor mínimo de 50 euros para veículos ligeiros e de 100 para veículos pesados;
4. A tal valor será acrescida ainda uma caução para garantir a devolução do sistema à saída do país;
5. No momento da devolução, podem solicitar o reembolso da quantia não despendida e o valor da caução.
6. Todo este este sistema será objecto de regulamentação pela entidade SIEV S.A. (http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:UseYO2nVEIIJ:www.dgtf.pt/ResourcesUser/SEE/Documentos/see_siev/siev_25_03_2010_modelo_governo_orgaos_sociais.pdf+conselho+de+administra%C3%A7%C3%A3o+siev+s.a.&hl=pt-PT&gl=pt&pid=bl&srcid=ADGEESgEVEdd6yCrmBVyN5-Sg6gG-sCTHrHTNHXjuP-hiRGunrTv7LZXwUv-CpnoQC-PNFmsjM_nG7deIU1c1wbd07sI1U4VFU04guy3uI7q00imTpIAGcWINBk_pA7TKLjFPqTWNLpI&sig=AHIEtbS0KLRIJhJ6dPPkvSmQnZdjaJolzw) O que até ao momento ainda sucedeu.
7. «A implementação técnica dos mecanismos» aguarda igualmente a publicação dos respectivos «regulamentos técnicos e de segurança necessários».
8. Actualmente, desconhece-se a existência de quaisquer dispositivos pré-pagos, apenas existe a via verde (o que obriga ao dito em 1).


9. Tais informações deveriam constar do site da SIEV, do qual se ignora a existência até ao momento;


Faltam 10 dias.


 


(Via Blasfémias)

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