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A vuvuzela

por João Távora, em 30.05.10

Não é só em prémios pró Mexia, catálogos e cartões de fidelização que a Galp gasta os cêntimos a mais que nos cobra pelo seu combustível. Agora, para além da matéria-prima e refinação, a omnipresente gasolineira nacional investiu em centenas de milhares de vuvuzelas, uma corneta comprida em plástico, com a qual pretende democraticamente iniciar este nobre povo nas artes musicais durante o campeonato mundial de futebol.

As más notícias sabem-se depressa e aqui no bar dos meus vizinhos lampiões já este fim-de-semana se fizeram vivas demonstrações da ruidosa versatilidade deste instrumento - os meus filhos estão avisados que só por cima do meu cadáver entra cá em casa. De resto ficou comprovado que de pouco adiantará esta minha radical coacção, pois aquilo tocado na rua produz o mesmo efeito como se fosse ali no hall da entrada. Já na semana passada tinha notado durante um zapping aquela azuenga desafinada e insistente, que mais parecia centenas de elefantes a assoarem-se durante o emocionante duelo de titãs que foi o Cabo-Verde-zero-Portugal-zero. Ainda bem que não havia este instrumento quando o Benfica foi campeão, que para dores, bastaram-me as de cotovelo.

Confesso-vos que isto do ruído parece uma conspiração internacional para nos pôr a todos mais doidos do que somos: onde quer que haja silêncio, alguém se encarrega logo de colocar um motor, uma batida, uma música de fundo ou um martelo pneumático. Agora a Galp quer pôr os portugueses todos a soprar numa vuvuzela, e eu pego em mim e vou ali e só venho depois do mundial. O que vale é que, ou muito me engano, ou a veleidade de Queiroz vai durar apenas três amargos jogos, que a concorrência na África do Sul é grande e o futebol de alta competição não é para meninos.


6 comentários

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De Anónimo a 30.05.2010 às 20:05

Errado! Primeiro não tem que ter dores de cotovelo por causa de uma coisa chamada Benfica.
Depois, acho que deve aproveitar a dita do instrumento...arranjar um grupo e convidá-los a tocar o trombone em frente ao prédio azul, a Belém ou...em São Bento...Se souber onde paira  Mexia, o Vara e a sua vara, eu acho que temos instrumento para um Verão agitado....Image
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De Couve de Sáboia a 31.05.2010 às 01:00

Boa! Eu cá acho a ideia fantástica: azucrinar impiedosamente a cabeça e os ouvidos a toda esta corja.
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De Anonimo Nao Futebolista a 30.05.2010 às 20:47

" aqui no bar dos meus vizinhos lampiões já este fim-de-semana se fizeram vivas demonstrações da ruidosa versatilidade deste instrumento"

1 - Preconceito Benfiquista, tudo o que é mau é do Benfica.

2 - Gostava de ver criticar igualmente tanto quanto a republica, o futebol. Não diga que não são relacionados, para isso tenho apenas 2 palavras: Euro 2004.
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De Hidrocarbonetos a 30.05.2010 às 20:55



  • Poderia, e deveria, ser tocada na estações de serviço da A5 (seja no sentido Lx-Cascais ou Cascais- Lx) para melhorar a qualidade de serviço.


  •  





  • Raramente se consegue pagar nas bombas e, hoje, demorei quatro cliques para anuir no pedido de recibo para, no final, a máquina concluir que não podia imprimir por falta de papel.



    • Já me queixei. Parece que têm muito trabalho. E isso, em Portugal, é mau. Malditos clientes que só atrapalham o negócio.


     

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    De Velho da floresta a 30.05.2010 às 21:52

    Dei duas dessas coisa aos filhos do meu sócio, pela experiencia vivida, parece que na realidade o raio dessas traquitanas é bem mais difícil de tocar do que se pensa, pelo que pelo menos na faixa etária abaixo dos doze anos, não há capacidade pulmonar para tocar o raio da coisa, logo estamos mais ou menos salvos dessa catástrofe.
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    De MARIA a 31.05.2010 às 17:52

    Já ontem o diabo da corneta me estragou uma tarde tranquila!
    Estou convencida que o toque da dita se vai manter independentemente dos resultados dos jogos....

    QUE SAUDADES DAS BANDEIRAS!

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