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Eu Confio.

por João Távora, em 13.05.10

 

Fui um daqueles milhares de portugueses anónimos que esteve no Terreiro do Paço na tarde de terça-feira. Confesso que por umas horas o meu coração impetuoso destroçou alguma réstia do pessimismo das espumas dos dias. Por umas horas, arrebatado, comovi-me como uma criança e intimamente clamei, e chorei, e rezei pela minha Pátria, pela minha Igreja, pelo meu Povo e pela minha Família. Há muito tempo não sentia tão confortado na Fé, nesta minha já longa caminhada de Encontro. Naquela tarde eu senti-O imponente no trono de Pedro, naquele belo e descarado Altar no meio da Polis, de vistas para o Tejo e para a História. Senti-O vigoroso  na expressão do meu semelhante, no querer do Seu Povo a que pertenço com orgulho. Ali estava Jesus Cristo que um dia me resgatou à morte, cuja ínfima parte do Seu amor gostava eu de saber devolver, pela fidelidade da minha vida concreta.

Alguém me telefonou no final da celebração perguntando se não me sentia mais optimista. Uma necessária resposta rápida não me permitiu retorquir que tenho desses sentimentos, optimismo ou pessimismo, vivas reservas: são afecções às quais é necessário sempre sobrepor a realidade, e essa, no que concerne à Igreja, neste tempo e nesta Europa, não me parece promissora. A Mensagem de Cristo é bela e delicada e o barulho e a vulgaridade hoje se lhe sobrepõe com demasiada facilidade: neste nosso velho e anafado continente, onde a inquietação se trata com uma pastilha, impera o ruído e a trivialidade foi democratizada, massificada. Mas também sei que a História é como uma longa corrida de fundo para um glorioso e inevitável Encontro. Nas palavras de bento XVI: a ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa poderá jamais destruir a Igreja.  «Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Eu, confio.

 

Fotografia cedida pela sempre gentil Miss Pearls


1 comentário

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De Jorge a 13.05.2010 às 14:45

Sei que não é relacionado com a assunto mas tenho de reproduzir um comentário, a uma notícia do Público online, que está constantemente a ser apagada pela censura do próprio jornal:"Quando são os próprios jornalistas que fazem censura, nomeadamente nos comentários do jornal Público, apagando aqueles que não gostam, eventualmente por não serem de esquerda, então, estamos muito mal. A Ibéria socialista, personificadas em Sócrates e Zapatero, uma Ibéria socialista sem valores, subjugada a interesses das lojas maçónicas, uma Ibéria em crise, desgastada por uma desgovernação que protegeu os grandes grupos económicos, criou os subsidiodependentes, uma Ibéria dos desempregados (10% em Portugal e 20% na Espanha), uma Ibéria em que  a politica de morte/aborto foi algo de central e fundamental, uma Ibéria que, conforme se pode ler nas noticias ontem vindas de Espanha, a politica de incentivos à natalidade foi o primeiro a ser cortado como medida de combate ao deficit, uma Ibéria desgovernada num despesismos em contratos públicos catastróficos para o Estado e de lucro incalculável para alguns privados, uma Ibéria... olhem podem apagar à vontade pois este comentário e outros como este já estão em milhares de blogues, em milhares de caixas de correio, para ficarem a saber que tipo de censura temos neste jornal Público... público mas muito pouco."

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