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Fui um daqueles milhares de portugueses anónimos que esteve no Terreiro do Paço na tarde de terça-feira. Confesso que por umas horas o meu coração impetuoso destroçou alguma réstia do pessimismo das espumas dos dias. Por umas horas, arrebatado, comovi-me como uma criança e intimamente clamei, e chorei, e rezei pela minha Pátria, pela minha Igreja, pelo meu Povo e pela minha Família. Há muito tempo não sentia tão confortado na Fé, nesta minha já longa caminhada de Encontro. Naquela tarde eu senti-O imponente no trono de Pedro, naquele belo e descarado Altar no meio da Polis, de vistas para o Tejo e para a História. Senti-O vigoroso na expressão do meu semelhante, no querer do Seu Povo a que pertenço com orgulho. Ali estava Jesus Cristo que um dia me resgatou à morte, cuja ínfima parte do Seu amor gostava eu de saber devolver, pela fidelidade da minha vida concreta.
Alguém me telefonou no final da celebração perguntando se não me sentia mais optimista. Uma necessária resposta rápida não me permitiu retorquir que tenho desses sentimentos, optimismo ou pessimismo, vivas reservas: são afecções às quais é necessário sempre sobrepor a realidade, e essa, no que concerne à Igreja, neste tempo e nesta Europa, não me parece promissora. A Mensagem de Cristo é bela e delicada e o barulho e a vulgaridade hoje se lhe sobrepõe com demasiada facilidade: neste nosso velho e anafado continente, onde a inquietação se trata com uma pastilha, impera o ruído e a trivialidade foi democratizada, massificada. Mas também sei que a História é como uma longa corrida de fundo para um glorioso e inevitável Encontro. Nas palavras de bento XVI: a ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa poderá jamais destruir a Igreja. «Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Eu, confio.
Fotografia cedida pela sempre gentil Miss Pearls
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