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As novas regras do subsídio de desemprego tendentes a pressionar os beneficiários a aceitar QUALQUER oferta de emprego aplicam-se à bióloga a quem proponham um lugar de atendimento na banca do peixe de um supermercado? Ou à economista a quem proponham um posto de vendas numa perfumaria? Ou à jurista a quem proponham uma função de contínua numa repartição notarial? Ou à engenheira informática, a quem proponham um trabalho na condução de eléctricos? Note-se que, para mim, não é questão dos parentes que caem à lama. Nestes tempos de crise, aliás, estamos lá todos. O que queria era compreender se há limites à mobilidade profissional. Melhor dizendo, queria ter dados para poder avaliar os riscos e a rentabilidade, no Portugal vindouro, do investimento em «canudos», por comparação com o mais económico, humilde e adequadamente versátil autodidactismo.
E diz muito bem, caro Xtremis. Mas note que hoje, todo o mundo é incentivado a obter um canudo, sem o qual o entendimento geral é de que já não se vai a lado nenhum. O ensino profissional não existe ou não tem visibilidade. E o acesso ao superior é cada vez mais fácil, porque o «liceu» não faz, realmente, nenhuma triagem, a partir do momento em que a escolaridade é mínima e obrigatória. Quanto à capacidade de absorção do país, o desequilíbrio é total, num, como noutro sentido. Veja como, na questão dos médicos, se exigem médias de 19 para a entrada nas faculdades, e depois se contratam especialistas estrangeiros sem as mesmas exigências curriculares. Os tempos estão terríveis para os nossos jovens (ainda há dias alguém me falava no incrível crescimento do consumo de ansiolíticos nas faixas etárias dos 18, 19, 20 anos). E as perspectivas, no quadro da globalização, não são nada, nada famosas. Só, realmente, saindo daqui.
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Sou habitual leitor do Público, mas a Bárbara Reis...
HPS, veja estas imagens de outro jornalista "ideol...
correcção: " credível "
Não vejo qual é o escândalo. Faltar oxigénio é com...
Concordo com a sua análise e é extraordinário tudo...