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O reino do Sião era, à chegada dos primeiros portugueses ao sudeste-asiático, em 1511, a mais sólida entidade política e territorial da região. O vácuo de poder deixado pelo eclipse da civilização khmer, que florescera e atingira o apogeu nos século XII a XIV irradiando a partir de Angkor; o lento declínio dos reinos vietnamitas (Dai Viet e Champa ) e a permanente conflitualidade intra-birmanesa, possibilitou aos thai – povo de ascendência mongólica e língua sino-tibetana – a consolidação de uma forte consciência identitária que, a prazo, favoreceria a emergência de uma vasta unidade territorial sediada em Ayuthaia. Situada no centro das vastas e ricas planícies fluviais do Chao Phraya – a que erradamente os ocidentais chamaram de “Menam”, que em língua thai significa rio – a capital do Sião, Ayuthaia (a Odiá das crónicas portuguesas) era, em inícios do século XVI, uma das maiores cidades do mundo. Da riqueza do reino, fortalecida pela unidade étnica, linguística e religiosa, resultaram aquela confiança, auto-estima e fortaleza que caracterizam os siameses e ainda fazem dessa sociedade uma das mais sólidas e perduráveis comunidades políticas existentes no planeta. Quando Fernão Mendes Pinto por aí passou em finais da década de 1550, rendeu-se à magnificência, esplendor e operosidade daquela gente tolerante, farta e “idólatra”. Tão impressionantes eram as demonstrações de força do Sião, que os portugueses procuraram ao longo dos séculos XVI e XVII mantê-lo como interlocutor preferencial na região, se bem que, pontualmente, realizassem fracassadas tentativas de jogar no tabuleiro dos birmaneses, que sofriam de endémicos ciclos de ascensão e fragmentação.
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