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Que o Eyjafallajokull nos ajude!

por Rui Crull Tabosa, em 21.04.10

"Uma vez eleita tive como única preocupação dar o meu melhor contributo para o sucesso do projecto em que me insiro, procurando estar à altura desse gesto de abertura que enobrece o Partido Socialista.”
Estas bonitas palavras foram escritas pela deputada Inês de Medeiros, eleita pelo círculo eleitoral de Lisboa nas listas do Partido Socialista.
Escreveu-as, não para prestar contas aos eleitores acerca da forma como tem exercido o seu mandato, mas – pasme-se! – para, à custa dos contribuintes, reivindicar para si própria o pagamento de uma viagem semanal regular entre Lisboa e Paris, comparticipada, é claro, pela tabela máxima.
A partir de agora, é bom ter presente que todos os deputados, se tivessem o descaramento da inefável Inês, poderiam exigir o pagamento de viagens semanais para o local da sua residência, independentemente de esta coincidir ou não com o círculo eleitoral pelo qual foram eleitos.
Pior: no futuro, qualquer deputado que vier a ser eleito por um círculo eleitoral nacional, mas que resida, por exemplo, em Madrid, Londres, no Brasil ou no Burkina Fasso, passará a ter todo o direito de reivindicar privilégio idêntico ao da conhecida coqueluche socialista
O precedente foi instituído.
E os argumentos estão encontrados: o princípio da igualdade entre todos os deputados o impõe e os parlamentares devem dispor de meios para cumprir as suas funções.
Quer isto dizer que, graças à desfaçatez PS e à incompreensível abstenção do CDS-PP vamos todos pagar as viagens semanais da senhora deputada para ver a família que vive na Francia. E nós com isso, apetece perguntar?
Esperar que o Partido Socialista perceba que são casos como este que tornam os políticos – tantas vezes injustamente, diga-se – desprezíveis aos olhos dos cidadãos, é como pedir a uma hiena que largue a sua presa
Por isso, e como nada há a fazer, resta aguardar, com boa disposição, que o vulcão Eyjafallajokull transtorne um pouco a regularidade dos passeios aéreos desta verdadeira artista portuguesa.


20 comentários

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De Réspublica a 22.04.2010 às 18:57

Caro amigo, o gamginos não conheço, onde é?
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De NunoFCouto a 22.04.2010 às 23:27

É o restaurante chique em Lisboa onde costuma parar o Pulido Valente, ou pelo menos é o que dizem...

Só o conheço da fama, mas se lhe der jeito fazemos o jantar em Coimbra, por certo a larga soma que terei amealhado à conta da fabulosa governação socialista dará para pagar  transporte a toda a gente !
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De Velho da floresta a 23.04.2010 às 00:06

Se descontarmos os figurões que em todas as épocas por lá passam, pode estar certo de que o Gambrinus é realmente um local à altura da sua fama, pelo menos para mim.
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De Ega a 23.04.2010 às 00:50

(Aos meus caros amigos Réspublica e Nuno):

Excertos de «Memórias de um Átomo»:

«O Gambrinus não sei onde é, salvo que é na Rua das Portas de Santo Antão, ali ao Rossio, de arma aperrada para depenar os frequentadores mais desprevenidos, como eu, e os meus Amigos decerto também. E se não forem digam, que falamos já em portiguês vicentino para o primeiro inocente...
Já lá passei, acelerando sempre o passo. Não que não. Uma perdiz no Gambrinus tem a fama e tem o proveito. É como se a gente despejasse cinco ou seis cartucheiras para a matar. E a pólvora está pela hora da morte...
Mas é lá - gostava de saber porquê - que o Vasco Pulido Valente e outros mais se reunem diáriamente. Vd. jornais. E os jornalistas também. A Constança Cunha e Sá é um «ferrinho» do Gambrinus. Insisto: sei o que sei, porque os jornais me ensinam  a saber.
Que lhes faça bom proveito! Se eles me dão o previlégio da amizade, eu retribuo com mais informes aos meus amigos.
No entretanto... - é isso. Basicamente, o abismo entre bos nossos jaquinzinhos e a cozinha deles, requintada, política, revisteira e moderna.
Cá para mim, hei-de jantar no Gambrinus sem me enfronhar na politiquisse. Também hei-de ganhar o Euromilhões. São tudo certezas adquiridas.
Enquanto não, poderíamos pensar (ó Nuno, V. não dizia que não...) num pequeno esforço de nortenhos (Rés: tire as medidas ao mapa nacional e veja lá se não o é), partir o mealheiro e pedir.. um cabrito - sim, um cabrito deve ser consensual - no Gambrinus. Nós os três. Se não servirem cabrito no Gambrinus, nós, senhores do Norte, demonstramos a nossa indignação partindo aquilo tudo e proclamando (atenção Nuno: solidariedade) a Monarquia. A tantos de tal de 2010, aí está a Monarquia do Sul. No Centenário da República. O VPV vai aderir. O António Barreto também. E outros mais.
Abençoado cabrito!»

Um abraço e boas noites, meus amigos.
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De Réspublica a 23.04.2010 às 09:39

Se for em Coimbra reservo o D. Inês, com o dinheiro que ganho graça à governação socialista estou a pensar mudar-me para lá!!!
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De NunoFCouto a 23.04.2010 às 10:47

Caro João.

Se é para o Cabrito então o destino terá que ser obrigatoriamente o Marco de Canaveses, a referência será o Ferrador; mais acessível à bolsa de quem trabalha para ganhar a vida e de uma qualidade honesta, cabrito não é anho, é cabrito; e o forno que o assa tem lenha, a fonte de calor é natural, sem recorrer ao acessório eléctrico.

Quanto aos nortenhos, diga o meu amigo ao Rés que o norte começa em Rio Maior !

Um abraço.

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