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Abril de 1945 - O afundamento do Yamato

por Pedro Quartin Graça, em 15.04.10

Foi a 7 de Abril de 1945 que o super-couraçado japonês Yamato, o maior e mais poderoso navio de guerra até então a navegar, foi afundado por aviões norte-americanos. O Yamato foi detectado, interceptado e fatalmente danificado enquanto se dirigia para Okinawa, onde os americanos haviam desembarcado 6 dias antes, numa missão aparentemente suicida - partiu para Okinawa sem combustível suficiente para uma viagem de regresso. O objectivo dos japoneses seria enviar este colosso dos mares (de 72000 toneladas) para flagelar a cabeça-de-ponte americana ao largo de Okinawa, destruindo tudo o que estivesse ao alcance dos seus formidáveis canhões de 18.1 polegadas (ou 460 mm), nomeadamente navios de tropas, navios de transporte, navios de apoio. O Yamato não ia sozinho, levava também uma escolta constituída por um cruzador e 8 destroyers, contudo, não tinha qualquer apoio aéreo, dependendo unicamente das armas AA. Todos os aviões disponíveis haviam sido previamente enviados para atacar as esquadras americanas em ondas sucessivas de Kamikazes. Quando o grupo do Yamato foi descoberto, perto de 400 aviões bombardeiros e torpedeiros levantaram vôo dos porta-aviões americanos para interceptar a ameaça. Para além dos aviões, os americanos tinham 6 couraçados prontos para lidar com os navios japoneses que lograssem sobreviver ao ataque aéreo e prosseguissem com a missão. Mas estes não tiveram de intervir. Em poucas horas, a aviação americana afundou o cruzador e 4 destroyers, e cravou o Yamato de bombas e torpedos. O gigante, ferido de morte, adernou e em seguida explodiu, afundando-se e levando consigo 2500 dos 2800 tripulantes. Os americanos perderam apenas 10 aviões e 12 aviadores. O local onde o Yamato repousa foi descoberto em 1985 (pode ser que um dia este grandioso navio venha a merecer a atenção científica e mediática dada, por exemplo, ao Bismarck).

 

Fonte: Fórum Defesa. Consulte aqui


34 comentários

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De Velho da floresta a 15.04.2010 às 18:25

Presumo caro Respublica que o meu amigo é omnisciente, pois que as suas respostas são absolutamente categóricas e sem remissão, aliás a sua perspectiva é francamente sectária, pois os crimes de um lado são mesmo crimes, os crimes do outro lado são um mal necessário. Para mim crimes são crimes
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De Réspublica a 15.04.2010 às 21:26

A questão é simples, hoje com uma guerra tecnológica não se justifica atacar alvos civis, mas na II Guerra Mundial para destruir a máquina de guerra alemã foi necessário atacar cidades alemãs, foi um mal necessário, não foram os aliados ocidentais que massacraram populações civis e encarceraram os inimigos em campos de extremínio, logo é diferente um bombardeamento de alvos civis com interesse estratégico do extermínio e destruição de populações civis conquistadas.
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De Rui Crull Tabosa a 15.04.2010 às 22:25

Caro Respública,
Não me querendo imiscuir na sua discuissão com o Velho da floresta, deixe que o alerte para o facto de o bombardeamento de Dresden (e não falo de Colónia, Hamburgo, etc, embora o meu amigo não se deva esquecer que mais de 90% das cidades alemães foram destruídas, o que, mesmo para um justiceiro como o respública, deveri ser um pouco excessivo...) ocorreu em meados de Fevereiro de 1945, a escassos 3 meses do fim da guerra, quanqo já não existia qualquer força militar alemã digna desse nome. A cidade não constituía um alvo militar, não tinha exércitos lá acantonados mas apenas centenas de milhar de ciis fugidos da guerra. Morreram cerca de 25o mil civis, tendo sido usadas bombas de fósforo, que provocavam ondas de calor que corroiam não só as pedras dos edifícios históricos dessa até então bela cidade, mas também a carne das pessoas. Caves houve com centenas de vítimas, na sua maioria mulheres, velhos e crianças, foram convertidas numa 'papa' imensa de carne e sangue humanos, graças ao uso das referidas bombas assassinas. Dresden foi um crime contra a Humanidade e o meu amigo só diminui os seus argumentos quando friamente ignora o horrível sofrimento destas vítimas e das suas famílias.
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De Réspublica a 16.04.2010 às 10:02

Obviamente que Dresden foi um erro, não deveria ter sido realizado, ou pelo menos com essa amplitude, mas não podemos esquecer que Londres foi bombardeada indiscriminadamente durante 5 anos, na França ocorreram actos de barbária contra civis em área ocupada, que os alemães pretenderam exterminar os israelitas, aprte do seu próprio povo em alguns casos, por razões mesquinhas e de inveja, quando Israel foi um dos maiores dinamizadores da economia alemã e tinha orgulho de pertencer à nação alemã, milhares de militares de origem israelita lutaram pelo império alemão, muito foram mortos pelos nazis...
Roma não paga a traidores, mas Berlim nem aos seus fieis...

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