Bate-se mais quando é a Igreja precisamente seria aí que tal nunca, NUNCA - reitero -, deveria ocorrer.
A continuada proclamação urbi et orbi do "bem", na "acção" e nas "cabeças", de que a mesma se pretende ser exemplo e farol não se compadece com estes vis actos praticados sobre os mais puros e confiantes dos seres, as crianças.
Praticados tais actos por quem usa as vestes da Igreja tornam-se os mesmos particularmente insidiosos, por inesperados e traiçoeiros.
Parece-me evidente que é por isso que devem ser mais severa e firmemente denunciados e perseguidos tais actos, quando praticados a coberto da Igreja.
Se se quiser dizer assim, está em causa por parte da Igreja uma agravada responsabilidade in eligendo e in vigiando e, sendo menos benévolo, muitas vezes esteve em causa, a acrescer a tal má escolha e acompanhamento crítico de quem representa a Igreja, a intencionalíssima e consciente vontade de esconder, de ocultar, de tapar, de, em suma, deixar de fazer aquilo que era devido.