Porque será?
por Rui Crull Tabosa, em 23.03.10
No passado dia 1, Pinto Monteiro declarou-se disponível para prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito à actuação do Governo na compra da TVI.
Hoje, o PSD correspondeu à vontade expressa do Procurador-Geral da República, indicando o seu nome no rol de entidades a ouvir nessa sede.
O PS opôs-se a essa audição e teve mesmo o desplante de, através do deputado Ricardo Rodrigues, considerar uma “ousadia” pretender chamar o primeiro-ministro a depor na referida Comissão, como se este não devesse ser escrutinado pelo Parlamento e não percebendo, de resto, que essa é uma prática comum em diversas democracias ocidentais, como é, por exemplo, o caso do Reino Unido.
Preferiu chamar Manuela Ferreira Leite à Comissão, como se esta soubesse mais da actuação do Governo na compra da TVI do que o próprio primeiro-ministro. É preciso ter lata!
Mas teve azar: Ferreira Leite irá e não usará certamente os truques legais de José Sócrates para não enfrentar, olhos nos olhos, os deputados da Comissão de Inquérito à qual sempre cabe, convém lembrar, a fiscalização da actuação do Governo.
Tanta sobranceria começa a cheirar a fim de ciclo.
12 comentários
De Vasco Rosa a 23.03.2010 às 23:32
O PS tem dessas coisas: manda umas figuras que ninguém cnhece ou lembra lançarem umas atoardas a ver se ninguém percebe que são paus-mandados pois a esta altura dos acontecimentos e pela tradição de controlo da comunicação é inegável que ninguém fala pela sua própria cabeça mas em rede sintonizada com o que ainda pode ser dito e é já bastante pouco...
No fim de semana, na entrevista ao JN, S diz uma coisa e agora vem um parlamentar fazer eco da mesma ideia: é tudo a intriga do costume para sacrificar o chefe socialista. É uma atitude defensiva pura e simples, de quem reage para não levar o que merece.
Só que não se trata duma briga de garotos mas da dignidade dos cargos eleitos. Fazem muito bem aqueles que exigem de Jaime Gama que venha convocar o PM em pessoa, Podia JS refugiar-se na omissão que a lei lhe concede, mas não seria a mesma coisa.
Como lapidarmente disse Millôr Fernandes, e S terá percebido, em situação de perigo, mais que presença de espírito é preciso ausência de corpo...
Até quando, portugueses'
No fim de semana, na entrevista ao JN, S diz uma coisa e agora vem um parlamentar fazer eco da mesma ideia: é tudo a intriga do costume para sacrificar o chefe socialista. É uma atitude defensiva pura e simples, de quem reage para não levar o que merece.
Só que não se trata duma briga de garotos mas da dignidade dos cargos eleitos. Fazem muito bem aqueles que exigem de Jaime Gama que venha convocar o PM em pessoa, Podia JS refugiar-se na omissão que a lei lhe concede, mas não seria a mesma coisa.
Como lapidarmente disse Millôr Fernandes, e S terá percebido, em situação de perigo, mais que presença de espírito é preciso ausência de corpo...
Até quando, portugueses'
De Anónimo a 24.03.2010 às 01:30
erro grave de sintaxe no título
De Rui Crull Tabosa a 24.03.2010 às 23:16
Fan tás ti co, mel ga!
Outro comentador entendeu dever perder mais tempo com o seu caso.
Cure-se...
Outro comentador entendeu dever perder mais tempo com o seu caso.
Cure-se...
De Maria da Fonte a 24.03.2010 às 04:54
Caro Rui Crull
Não será MEDO?
É que as palavras, dizem, são como as cerejas.
E se ainda acaba por vir a lume, muito mais do que agora tentam esconder?!
Maria da Fonte
Não será MEDO?
É que as palavras, dizem, são como as cerejas.
E se ainda acaba por vir a lume, muito mais do que agora tentam esconder?!
Maria da Fonte
De São umas nódoas a 24.03.2010 às 08:48
O sr. Ricardo Rodrigues diz que o PSD anda a fazer "chincana" (sic) política.
De Eh, eh a 24.03.2010 às 11:33
Ele devia querer dizer gincana...
De Fonte: Ciberdúvidas da Língua Portuguesa a 24.03.2010 às 09:06
Em português de Portugal, iniciamos as interrogativas com porque (tudo pegado): «Porque decidiu deixar o Sporting?», «Porque terei eu de decidir?», «Porque quis sair da polícia?»
Mas são muitos os exemplos do emprego indevido de por que em vez de porque:
A separação é legítima quando o que antecede um nome e pode ser substituído pelas formas qual e quais («Por que razão decidiu deixar o Sporting?», «Por que motivos quis sair da polícia?»), como aqui já se explicou variadíssimas vezes.
Mas são muitos os exemplos do emprego indevido de por que em vez de porque:
•«Por que decidiu deixar o Sporting?» [revista "Tabu", do "Sol (http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Default.aspx)", 20/11/2009]
•«Por que terei eu de decidir? (…)» ["Público (http://www.publico.pt/)", 18/11/2009]
•«Por que quis sair da polícia?» [revista "Pública", do "Público", 15/11/2009]
•«Por que me apresentaste como teu amigo, e não como teu irmão?» [legenda do filme "Tetro (http://www.tetro.com/)", de Francis Ford Coppola]
•«Por que será?» [ibidem]
•«Por que terei eu de decidir? (…)» ["Público (http://www.publico.pt/)", 18/11/2009]
•«Por que quis sair da polícia?» [revista "Pública", do "Público", 15/11/2009]
•«Por que me apresentaste como teu amigo, e não como teu irmão?» [legenda do filme "Tetro (http://www.tetro.com/)", de Francis Ford Coppola]
•«Por que será?» [ibidem]
A separação é legítima quando o que antecede um nome e pode ser substituído pelas formas qual e quais («Por que razão decidiu deixar o Sporting?», «Por que motivos quis sair da polícia?»), como aqui já se explicou variadíssimas vezes.
De LUIS BARATA a 24.03.2010 às 10:29
Ricardo Rodrigues, cujo passado até deveria ser melhor conhecido, especialmente o judicial, é um verdadeiro "pitbull"parlamentar do PS, sem ofensa para a raça canina.
E como bom exemplar, tenta defender o "dono" até fazer sangue ao "agressor"...
Espera-se que não acabe a morder a própria cauda...
E como bom exemplar, tenta defender o "dono" até fazer sangue ao "agressor"...
Espera-se que não acabe a morder a própria cauda...
De Ega a 24.03.2010 às 11:01
Mas a chamada de Manuela Ferreira Leite à Comissão, pelo PS, é a maior «cavalidade» praticada pelos parlamentares entre 1910 e 2010.
Até, que nada percebo de politica, alcanço esse disparate...
Terá, porventura, o PS querido vincar na mente dos portugueses a ideia de que Sócrates não é o nosso 1º, mas sim o chefe da banda socialista. Vai daí, chama a homóloga da banda rival, a reforçar o argumento.
Claro que este nosso 1º é inesquecivelmente - para todos - o nosso 1º. Erro tactico flagrante.
E a Senhora vai lá, toda contente, gozando o tempo de antena assim proporcionado ao PSD e com a descontração de quem nada tem a ver com o assunto.
Incorrerá, porventura, no risco de enfrentar a i mpertinência do Sr. Rodrigues socialista, de quem tenho ouvido dizer que é muito malcriado. Mas isso são... ossos do ofício.
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