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«O Governo ultrapassou-nos pela direita», diz o Expresso que lhe disse «um dirigente do CDS» na semana passada .
É o género de afirmação que soa a música aos ouvidos do governo. Porque aquilo que conduziu à ruína e a um PEC empobrecedor e preguiçoso que nem faz crescer nem estabiliza foram só políticas de esquerda.
Bem podem vários dirigentes socialistas fingir que acordaram tarde. As suas lágrimas de crocodilo derramam-se sobre o resultado inevitável daquilo que promoveram e defenderam.
Bem pode Manuel Alegre tonitruar sobre o «custo social excessivo» do PEC; foi ele que esteve calado e apoiou os desperdícios do governo Sócrates em festas e obras de fachada. E é ainda ele que, ao criticar as privatizações anunciadas, defende que fica comprometida a «função estratégica do Estado». Expende assim o exacto e mesmo pensamento de esquerda, maquilhado de keynesianismo, que levou os socialistas a asfixiar em impostos os cidadãos e as empresas, para depois se mostrarem incompetentes a ajudá-los com o dinheiro deles.
Bem pode pudicamente Paulo Pedroso dizer que «queria simpatizar com o PEC mas não consigo (…) depois de me confrontar com as facturas que ele implica para 2011, 2012, 2013». Achou o quê? Que o saco era sem fundo e que não teríamos que pagar aquilo que as melhores cabeças políticas e económicas de todos os quadrantes há anos avisavam que pagaríamos? Onde estava, tão calado, quando o governo socialista contraiu as dívidas que consubstanciam as facturas? Ouviu-se-lhe um ai, porventura, quando primeiro-ministro e ministro das Finanças se fingiram surpreendidos com um défice de 9,3%, depois de uma crise que andaram meses a dizer que não havia?
Bem pode João Cravinho chorar-se que Sócrates tenha deixado cair «as bandeiras de esquerda». Deixou? Quais bandeiras? Então aumentar duas vezes os impostos não é de esquerda? Crer na vantagem do Estado sobre os livres agentes económicos não é socialista? O TGV não é bom, as autoestradas não impulsionam, segundo a esquerda, a economia? Castigar o sucesso e achar que são «ricos» e expoliáveis todos os que ganham mais de 7250 euros por ano (605 euros mensais) não é de esquerda?
Bem pode Mário Soares – que ainda há semanas via qualidades ímpares em Sócrates – queixar-se agora de que «quando o país está em dificuldade é preciso que o Estado tenha poder e capacidade monetária». Porque critica então o PEC? Foi a reserva de poder e capacidade monetária ao Estado que nos trouxe à beira da bancarrota.
Não. Foram políticas de esquerda que nos trouxeram aqui. Não foi a crise internacional, foram os socialistas que nos conduziram à ruína. Foi o governo socialista que duas vezes aumentou a carga fiscal, que gastou e aumentou a dívida externa, que cavou o défice público, que sufocou a economia com a desculpa de arranjar meios de a animar, que cavou o fosso entre mais ricos e mais pobres, que enganou miseravelmente os Portugueses. Foi tudo obra dos socialistas, foi tudo obra da esquerda.
E as privatizações? Privatizar, ao menos, não é de direita? Não, privatizar assim é encontrar um remédio de aflição para uma situação que se criou, é vender para obter liquidez quando o mercado mais desaconselha que se venda. Criar as condições para se chegar a este beco é irresponsável, e privatizar assim é perdulário. Estas privatizações são exemplarmente de esquerda.
A direita sempre disse outra coisa: menos gastos públicos, nada de grandes obras, menos impostos, menos e melhor Estado, apoio às pequenas empresas, investimento de proximidade, poupança.
Foi a esquerda a promotora da estagnação, em vez da estabilidade; vem da esquerda a pobreza, em vez do crescimento. Quando a ouvirem chorar, chamem-lhe mentirosa e hipócrita. E passem uma factura pesada.
Três eleitos, outra vez. Depois de provocado o óbito, presidindo agora ao velório.
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Acho que não percebeu a substancia do texto...