Esta é a frase do momento. Nunca, como agora, a actualidade política portuguesa teve tantas semelhanças com a frase dita pelo Príncipe Don Fabrizio Salina para Tancredi no famoso filme. Porque será?
Sim, basta ver em Sócrates a belíssima Angélica, filha de Pepe merda, o caseiro enriquecido, que cataliza a revolução de um mundo exausto e geneticamente enfraquecido e insustentável - perante os olhos tristes, mas no fundo compreensivos do Príncipe que até a empurrou para o ambicioso e ainda ingénuo sobrinho Tancredo - e que essa frase suspira por fim?
Há ainda aquela descrição soberba do baile: o Príncipe observa a multidão de meninas da sociedade -baixinhas, de pele olivácea, aos grupos, aos gritinhos de "Jesus!", "Maria!", em flatos pelo salão - e que lhe fazem lembrar macaquinhos, entre os quais Angélica circula como um cisne...