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«Eu quero o teu dinheiro!»

por José Mendonça da Cruz, em 24.02.10

Combine-se a velocidade de tiro de Sócrates com a passividade de um entrevistador, e temos, como tivemos ontem, enormidades que passam incólumes. 

Lembrava Miguel Sousa Tavares que particulares e empresas estão sufocados pelo fisco, e que muitos defendem que seria boa ideia baixar os impostos para reanimar a economia.

E Sócrates, de imediato: Não é uma boa ideia, Miguel, e sabe porque é que não é uma boa ideia? Porque as pessoas podem pegar nesse dinheiro e dirigi-lo à poupança. Quando, segundo Sócrates, bom mesmo é gastá-lo.

É verdade que a resposta é medularmente socialista. Traduz-se, com fidelidade, assim: «O Estado quer o teu dinheiro, porque sabe melhor do que tu o que fazer com ele.»

Mas é também, e sobretudo, a confissão sonora e límpida de que Sócrates não tem um plano de médio ou longo prazo para endireitar as finanças. É que, exactamente, umas das mais gritantes necessidades de Portugal é aumentar (muito, até ao dobro dos actuais 10%) a taxa de poupança. O que retira à despesa no curto prazo, seguramente. Mas permite no médio e no longo prazo aumentar a liquidez dos bancos, animar o mercado de capitais, e expandir o financiamento interno - assim diminuindo a dívida externa que é o nosso mais grave problema.

Na cabeça e nos planos de Sócrates as eleições, pelos vistos, são para dentro de meses.


9 comentários

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De Anónimo a 24.02.2010 às 01:17

Um rolha! Preciso de uma rolha. Ponham-lhe uma rolha...a boca está mesmo a jeito...

Asshole

Educadinha
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De Anónimo a 24.02.2010 às 01:18

Note-se! Ele só levanta um dedo...portanto ainda não foi «encornado».

Educadinha
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De Pedro Coimbra a 24.02.2010 às 04:32

Com um Sousa Tavares gordo, aburguesado e acomodado, e um PM a dizer estas aleivosias, se calhar até é melhor passar uma novelas para distrair o povo.
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De João Paulo Magalhães a 24.02.2010 às 10:29

Além de todo o pendor Jacobinista que assoma a essa asserção de "quero o teu dinheiro" feita pelo nosso distinto PM, o pior é que está simplesmente errada nos seus pressupostos.

O dinheiro que uns põem em poupança é simplesmente o dinheiro que outros podem pedir emprestado para investir (ou consumir - tanto faz, na óptica do PM e dos seus dilectos keynesianos ). Argumentar que a procura diminui quando se baixam os impostos é um assalto delirante ao poder da razão. É uma bolha de pensamento.

E são estes senhores que nos governam.
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De Para que terá a SIC contratado MST? a 24.02.2010 às 12:59

Como já comentei, MST devia, na sua preparação da entrevista, ter visto, por exemplo, o último Plano Inclinado, onde esteve o insuspeito dr. Silva Lopes (para não falar do que têm afirmado pessoas como Campos e Cunha, também por exemplo), mas ele é demasiado preguiçoso e limitou-se a engolir o que o palrador de inglês macarrónico ia dizendo.
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De Boa leitura para os MST a 24.02.2010 às 14:28

http://www.sedes.pt/blog/?p=1733
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De Réspublica a 24.02.2010 às 18:20

Strabus apud Lusitanea dixit...
"Ao Norte do Tejo estende-se a Lusitânea (...). A região é naturalmente rica em frutos e gados, assim como em ouro, prata e muitos outros metais, mas, a apesar disso, a maior parte destas tribos renunciaram a viver do trabalho da terra para se dedicar ao banditismo, em lutas constantes uns com os outros, ou atravessando o tejo e atacando as terras próximas."

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De creditos rápidos a 25.02.2010 às 21:07

às vezes somos tão grandes mas somos tão pequenos. um povo depende de quê afinal?
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De Fulano a 27.02.2010 às 14:13

O que é preciso é compaixão Cristã. Vai aqui um exemplo da mesma compaixão:

« ...Esta proposta, sublinhou, é "perfeitamente possível" de ser executada "cortando 50,5 milhões de euros numa prestação onde o abuso é uma vergonha, chamado rendimento mínimo garantido". » Paulo Portas

O partido dos «com a boca cheia de dentes» que fazem terapia quando lhe morre o gato, e fazem peregrinações a Fátima equipados de roupa desportiva "griffé" e são católicos porque ser católico é tradição e ser tradicional é fino e aristocratico , vivem à séculos de rendas e de não participar no desenvolvimento (fugindo aos impostos em larga escala) têm o desplante de fazer bandeira dos abusos das classes populares. Estes cristãos, os tais do "ao outro como a si mesmo", (tem-se visto ao longo dos séculos), quando as classes populares já embrutecidas pela pobreza, enraivecidos pela miséria fizerem correr sangue clamarão pela dureza policial. O que esta gente propõe é a "sul-americanização" da vida.

P.S. Não nego que haja abusos mas serão mais graves que os outros abusos que TODOS conhecemos? E havendo abusos serão na ordem de 50,5 milhões?

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