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Num dia de Sol...

por Luísa Correia, em 19.02.10

(Do Jardim do Largo das Necessidades ou Jardim Olavo Bilac)

 
«Paris fez a Revolução. Londres deu Shakespeare, Viena deu Mozart, Berlim deu Kant, Lisboa deu-nos a nós – que diabo!»

 

(Eça de Queiroz)

 

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26 comentários

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De Rui Crull Tabosa a 19.02.2010 às 18:45

Seja também muito bem vinda, Luísa!
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De Luísa Correia a 19.02.2010 às 19:01

Obrigada, Rui.
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De Réspublica a 19.02.2010 às 20:58

"Jardim Olavo Bilac"? Mas que raio, qualquer dia temos um Jardim Miguel Ângelo (o dos Delfins, claro) ou Tatiana Vanessa.
No fundo Lisboa até nos deu... quer dizer... bom o... por acaso não sei nada desde Gil Vicente ou Camões.
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De Velho da floresta a 19.02.2010 às 23:02

Caro Réspublica como Lisboeta (de meu conhecimento há doze gerações), também tenho que reconhecer a minha ignorância sobre muitos dos meus conterrâneos que se distinguiram nas múltiplas áreas do conhecimento e cultura, mas alguns eu sei mais ou menos de memória e posteriores aos que bondosamente referiu. Numa área que me é particularmente querida, a música temos os seguintes, António José da Silva, João Domingos Bomtempo , Francisco António de Almeida e Marcos Portugal, para o ramalhete ficar (quase) completo falta o grande Carlos Seixas que nasceu em Coimbra. Na escrita podemos começar com Alexandre O'Neill, José Rodrigues Miguéis, Joaquim Paço D'Arcos , Pinheiro Chagas, Mário de Sá Carneiro, Jorge de Sena e last but not least " Fernando Pessoa.
Quanto aos políticos não refiro nenhum pois normalmente os mais importantes são da província.
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De Réspublica a 20.02.2010 às 13:00

Concedo, principalmente em relação ao António José da Silva, o Judeu, mas repare mesmo todos os referidos não tiveram qualquer relevância internacional, mesmo em portugal quem conhece as guerra de alecrim e mangerona?
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De Velho da floresta a 20.02.2010 às 15:54

Caro Réspublica em relação à obra que refere, posso garantir que além de mim muitas pessoas tiveram o prazer de assistir no Teatro da Trindade, a uma brilhante produção das Guerras de Alecrim e Manjerona com encenação de Paulo Matos. Esta mesma produção esteve em cena também na Gulbenkian e no Teatro D. Maria II, que eu saiba sempre com grande êxito e casa cheia.
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De Réspublica a 20.02.2010 às 16:12

Pois, mas Portugal não se resume a Lisboa, mesmo que os políticos se esqueçam disso...
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De Marquesa de Carabás a 20.02.2010 às 13:07

Sr Velho,

Se me permite, Luís de Freitas Branco.Se não me engano também é um dos nossos conterraneos. Ainda me lembrei de Lopes Graça, mas não tenho a certeza que seja mesmo alfacinha.


Cumprimentos,


Marquesa de Carabás
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De Velho da floresta a 20.02.2010 às 15:55

Excelentíssima Senhora Marquesa
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De Velho da floresta a 20.02.2010 às 16:00

Excelentíssima Senhora Marquesa, mais figuras houve no campo da musica que nasceram em Lisboa e tão ou mais merecedoras de figurarem numa lista de ilustres lisbonenses, apenas referi aquelas pois estão enquadradas num período musical que me agrada particularmente e tão somente por isso.
Tem toda a razão Lopes Graça nasceu em Tomar.
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De Anónimo a 19.02.2010 às 22:03

Caro Respublica

Olavo Nilac foi um poeta brasileiro, parnasiano e cultor de alexandrinos ao gosto classicista. É sua uma espantosa declaração
de amor à língua (e à pátria ) portuguesa , que se devia introduzir em todas as escolas como antídoto a esta triste mania do inglês (de computadores) "obrigatório"."Última flor do Lácio, inculta e bela"
Caro Crull Tabosa

Também a prosa de Eça , fazendo jus à nossa língua, foi muito bela mas muito inculta . Kant não é natural de Berlim; Mozart não é natural de Viena; Shakespeare não é natural de Londres.
Lisboa não deu, como as principais cidades raramente dão. Dir-me-á que Eça falava metaforicamente, o que eu concedo, mas mesmo assim a coisa não é sustentável. Isto, porém, seria matéria demorada. Felicito-o pelo trabalho que tem vindo a realizar aqui.

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De CRF a 19.02.2010 às 22:20

Bilac e não Nilac, e boas vindas tb, se me é permitido, a Luísa Correia - e as minhas desculpas, por não me ter apercebido que era a autora do texto.
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De Luísa Correia a 20.02.2010 às 13:26

Obrigada, caro CRF. :-)
Penso que o Eça faz a associação às capitais porque são as capitais que melhor servem a «economia» do seu texto. Facilitam a identificação (das origens) e a referência a Lisboa.
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De Velho da floresta a 19.02.2010 às 23:16

Para o bem e para o mal faço parte dos portugueses que põe o Eça acima de qualquer outro autor, qualquer um que eu leia tem como crivo exactamente a qualidade do Eça de Queiroz. Agora não devemos retirar grande negatividade, desta parte da carta que ele escreveu a Ramalho Ortigão, pois atendendo à época e ao que ele pensava na altura, o comentário era dolorosamente dirigido ao pequeno Portugal da época, em contraste com o que já tinha tido de grande e que vivia na sua mente.
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De Luísa Correia a 20.02.2010 às 13:39

Sem dúvida, caro Velho da floresta. Confesso-lhe, no entanto, que a minha intenção ao reproduzir esta frase foi positiva. Hoje, num país cada vez mais pequeno, esse Eça desanimado é um dos nossos orgulhos. Lisboa, afinal, sempre nos vai dando algumas coisas boas… :-)
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De André Miguel a 19.02.2010 às 23:44

Por estas e por outras é que Pessoa disse que Portugal é um país de provincianos.
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De Marquesa de Carabás a 20.02.2010 às 13:30

dedicado aos administradores e comentadores do Corta Fitas, um inédito de "um tripeiro" que correu mundo e sobre ele escreveu:

"Querido... - acabo de receber amável convite da Condessade Tattenbach para ir tomar chá com ela ontem. Vou agradecer.Remeto-lhe um artigo que há perto de quatro anos redigi em viagem da Sicília em Taorimuna(?), para onde o Kaiser vai agora.Encontrei por acaso na minha papelada essa arrefecida prosa que o Eduardo [Burnay, seu genro] achou oportuno republicar.É o meu tributo ao imperador, antecipado-precisamente o defeito oposto ao chá do ministro dele para mim...Ninguém pode ser perfeito!Do coração
Ramalho"

(grafia actualizada e original gentilmente cedido pelo arquivo da Casa de ...)



Cumprimentos,




Marquesa de Carabás
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De Réspublica a 21.02.2010 às 12:47

Magistral.
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De Luísa Correia a 21.02.2010 às 12:53

Cara Marquesa, li, reli e gostei imenso de ler o seu inédito, com aquela ironia subtil bem à Ramalho. Não comentei imediatamente - do que me penitencio - porque não pensei que pudesse acrescentar o que quer que fosse. Mas devia ter acrescentado os meus agradecimentos, que acrescento agora.
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De Marquesa de Carabás a 21.02.2010 às 17:04

Cara Luísa,

Ainda bem que gostou. De facto muitos inéditos, dos grandes nomes da literatura não estão em torres do Tombo e pertencem a ecervos privados, como é o caso.
O mais interessante deste tipo de documentos, é a ecrita corrida, própria de quem conversa com amigos.
O inédito não é meu, pretence uma Casa, que obviamente não vou aui referenciar, mas foi cedido por quem de direito.


Cumprimentos,



Marquesa de Carabás




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De Anónimo a 21.02.2010 às 15:08

Taormina, cara Senhora, Taormina! Das terras mais lindas que há, entre muitas, lá pelas bandas de Itália, no caso Sicilia. Bem lá no alto, com muito sol, dias longos e claros, noites fantásticas e quentes.



Bem no alto, de onde se avista a Grécia.
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De Luísa Correia a 20.02.2010 às 13:41

É um país periférico, André Miguel, com um pé a Norte e outro a Sul...
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De André Miguel a 20.02.2010 às 15:13

Tem toda a razão. Grande verdade.
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De Anónimo a 20.02.2010 às 01:51

Becas, venha aqui falar do seu bisavô - o Ramalho Ortigão - e já agora do pintor.

Mécia,

Portugal continua vivo...

Educadinha
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De Anónimo a 21.02.2010 às 14:44

Luísa,

É verdade. Portugal continua vivo. O mundo é pequeno. As memórias são curtas. As tradições perdem-se se não as avivarmos. A Becas existe, faz uma excelente sopa, é simplesmente a minha boa amiga e filha do Eduardo Pisani Burnay, filho de Luís de Ortigão Burnay, pintor e água - fortista neto de Ramalho Ortigão e de Maria José de Bastos Pisany Burnay....

Dá umas gargalhadas excelentes....sentidas... tem um sentido de humor impressionante, até mesmo quando e cala...genético sem dúvida...

A Mécia...sem o Jorge Sena....ficou lá pelas terras transatlanticas, para os lados de Santa Bárbara...terra linda, com muito sol, muita luminosidade, e umas «ribbs» deliciosas...
Mas Portugal...sempre que deixa Portugal, esquece-se e queda-se perante aquela mania inqualificável dos espanhóis batizarem o que é português como espanhol...Os portugueses «de cá» falam, falam, mas não se ouve...lá fora. Por isso, de quando em vez é preciso dizer alto e bom som que se existe, que se pensa e se continua a pensar em como correr com a banditagem «pulhítica» que nos assola...

(Não tem de publicar. Só não quero que pense que de algum modo o meu comentário não era sério.)

Educadinha




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