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As contas fazem-se no fim

por João Távora, em 12.02.10

 

Independentemente de considerar que iniciativa de ontem Todos Pela Liberdade cumpriu o seu desígnio, a fraca mobilização das pessoas para a rua confirmou aquilo que sempre afirmei sobre os limites da influencia dos blogues no mundo real. Não desmerecendo as suas obvias virtualidades, principalmente na democratização da escrita em geral e da opinião em particular; esta plataforma em termos imediatos funciona para um circuito fechado, em grande parte constituído pelos próprios intervenientes. É de forma indirecta que o que dela transpira chega ao país real. Devagar, mas chega; coisa que lhe retira competência para per si mobilizar acções de rua.  Estas para serem bem sucedidas, necessitam de, além doutras ferramentas comunicacionais complementares, recursos logísticos e financeiros apenas acessíveis às instituições bem implantadas, sindicatos ou partidos. Claro está que uns autocarros, umas bifanas e umas cervejas serão sempre um selo de garantia para o sucesso. 


24 comentários

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De Anónimo a 12.02.2010 às 17:04



Eu também fui. Havia mais aparato policial e fotográfico do que manifestantes.
Mas ao fim do dia a Journée des Dupes não tinha sido a nossa.
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De E também... a 12.02.2010 às 17:20

A minha opinião é que ser militante de manifs e adepto das "novas tecnologias" são coisas um bocado estranhas uma à outra.
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De João Costa a 12.02.2010 às 17:30

Na mouche, caro João. Fui um dos que se deu ao trabalho de lá ir, mas tal como escrevi no meu blogue, senti-me pouco acompanhado.
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De clara a 12.02.2010 às 18:37

Tudo isso é verdade, mas também é verdade sobretudo que não há qualquer problema de liberdade em Portugal. E, por isso, apareceu tão pouca gente.
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De Pois não! a 12.02.2010 às 20:25

Ouvi mesmo dizer que o próximo Nobel da Liberdade vai ser atribuído a um licenciado ao Domingo que se faz passar por engenheiro.
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De maria a 12.02.2010 às 21:18

Portugal não é Lisboa..... e ir e vir , num saltinho , à hora do almoço , em día de trabalho ? só se estivermos nos arredores. e nem todos temos um patrão ausente nem um jacto particular , não é?
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De Maria da Fonte a 12.02.2010 às 21:34

Se me permite, duas ou três considerações:

Só um motivo conduz a grandes mobilizações:

O Financeiro

Se a questão for salarial as pessoas mobilizam-se. Afinal o importante é a casa e o carro, não é?

Para que haja uma mobilização significativa em torno do tema Liberdade, ou a falta dela, será necessário que as pessoas compreendam, que na ausência de Liberdade, mais tarde ou mais cedo, a capacidade económica também é atingida.

E isto, não é fácilmente perceptível para a maioria dos portugueses, pouco habituados a grandes exercícios mentais.

Aliás, a postura de grande número de pessoas face à gravidade da situação económica, é de lamento.
Lamentam profundamente, a péssima qualidade de vida que os filhos virão a ter, mas rematam quase invariávelente com a frase:

" Eu prefiro nem pensar nisso".

Se a reacção é esta, face à questão financeira, não esperem que a maioria dos portugueses compreenda as conexões e a interdepêndencia de todos os factos, de modo a rejeitarem a Limitação da Liberdade frontalmente, como origem dos problemas que os afectam.

Posto isto, que considero fundamental, há que ter em conta, a fraca influência da internet.

Só uma pequena minoria de pessoas recorre à net como fonte de informação noticiosa, e são em regra os que já perceberam há muito, as grandes deficiências, ou mesmo incorrecções, da informação escrita ou televisiva, pelo seu enfeudamento ao poder económico e político.

A juntar a estas limitaçõers, há a considerar ainda, que a manifestação foi convocada em muito pouco tempo, e para um dia e a uma hora, em que as pessoas, não estão disponíveis: ou estão a trabalhar, ou estão em aulas.

Mobilizar um elevado número de pessoas para aquele dia e para aquela hora, só se tivesse acontecido algo de muito transcendente que afectasse profundamente a vida de todos.

Sugiro portanto, que em futuras iniciativas, se proceda a uma ampla divulgação fora da internet, com uma explicação exaustiva dos motivos subjacentes.

Não é preciso um Partido, ou ou Sindicato, mas é necessário empenho e organização.

Empenho houve, faltou a organização.

E sinceramente, por mais interessante e exaustiva, que uma discussão virtual seja, quando é necessário passar à acção, é fundamental que as pessoas se conheçam e trabalhem em conjunto, para uma finalidade comum.

É a minha opinião.

Melhores cumprimentos

Maria da Fonte
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De Ega a 13.02.2010 às 12:30

Tem toda a razão, Maria da Fonte.

Só quando a caixa de bolachas se esvazia é que nós nos tomamos de revolta e vimos para a rua.

Os partidos já perceberam isso. Vai daí estejam a substituir os comícios pelas ora ditas «arruadas». E sempre com beijinhos e esferográficas.
Comicio já só mesmo com o Tony Carreira e viagem à borla em camionetas fretadas. Não são comícios são arraiais.

Se a «estrela» for o Roberto Leal, eu vou ao comício. Nem que seja de Esquerda. O homem aos pulinhos no palco é verdadeiramente extraordinário.
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De GONIO a 12.02.2010 às 21:41

E há um "pormenor": quem trabalha por conta de outrem, por muito que concorde com as iniciativas, não tem a flexibilidade e possibilidade de ir às coisas.
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De Anónimo a 12.02.2010 às 21:43

Desculparão. Não concordo.

As pessoas não aparecem. Isso não quer dizer que não leiam. Isso não quer dizer que não se mentalizem e interiorizem a realidade circundante.
Sentiram-se pouco acompanhados, mas creiam que tudo tem um começo. Esta petição foi um começo. Desenvolva-se agora. Não se páre, pois isso é o que aquela cambada deputerda quer, e sobretudo o que os castradores da liberdade desejam.

Os portugueses só se mexem quando «lhes chega o fogo ao rabo»...simplesmente acenda-se o rastilho e não se desista. Mudemos a raça que de há uns séculos a esta parte se desviou da bravura que a caracterizava. Usem-se as palavras. Todas são boas, desde que bem colocadas.

SOCRATES RUA.

Educadinha
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De Réspublica a 12.02.2010 às 21:51

Eu não fui, mas tenho desculpa, até às 11 estive em tribunal na Figueira, depois às 18h estive em CBR com o futuro Primeiro-ministro de Portugal...
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De Anónimo a 12.02.2010 às 22:06

Ena Pá. Por isso é que tudo o que é pia sacra em Portugal está seco.
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De Anónimo a 13.02.2010 às 15:22

Tradução: água benta e presunção, cada um toma a que quer.

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