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Abrantes & Magalhães - Obras Públicas, Lda.

por Rui Crull Tabosa, em 26.01.10

Escrevi aqui já várias vezes sobre o gosto que os Governos socialistas nutrem pelo ajuste directo na adjudicação de obras públicas e na aquisição de bens e serviços pelo Estado.
Recebi então os insultos habituais da dupla de anónimos de serviço.
Mas tenho de reconhecer que, na altura, não imaginava sequer que, segundo o Observatório das Obras Públicas, o Governo e as câmaras escolheram o ajuste directo em 97,5% dos contratos celebrados desde Junho de 2009 (num universo de 10.220 contratos, foram celebrados 9965 ajustes directos…).

Dito de outro modo, em cada 40 contratos que o Estado celebra, 39 são ajustes directos!
Isto não é um regime excepcional. É a regra de um sistema que distorce a sã concorrência entre empresas, que põe seriamente em risco a transparência na realização da despesa pública e convida, objectivamente, à proliferação da corrupção nas adjudicações públicas.
Será que esta realidade, que envolve muitos milhares de milhões de euros saídos da esfera pública por ajuste directo, não interessa às autoridades judiciais?
 



12 comentários

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De A quem? a 26.01.2010 às 17:58

Ao sr. Noronha ou à sra. Cândida?
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De Carlos a 26.01.2010 às 19:02

Claro que é tudo legal, de acordo com o novo código de procedimentos e regime especial para recuperação da crise. O que é que os juizes têm com isso? Felizmente ainda não são eles que fazem as leis. Agora, quanto aos partidos da oposição já é outra conversa. Estão muito caladinhos quanto a esta questão, que é eminentemente política, o que é de desconfiar.
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De Anti-Promiscuidade a 26.01.2010 às 20:50

Essa legalidade de leis feitas nos escritórios de Advogados dos amigos, que custa balúrdios ao contribuinte, tem muito que se lhe diga!!!
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De Ega a 26.01.2010 às 19:33

Caro Rui:

Se com isto tudo Portugal não está no fim é porque Portugal já acabou.

A Maria da Fonte sabe muito. É a minha conclusão.

Porque restam ainda os portugueses. Quantos?
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De Maria da Fonte a 26.01.2010 às 20:46

Caro Ega

Se não acabou, só lhe resta uma réstea de sopro.

Porque neste momento a dívida de Portugal, não dos Portugueses, mas sim do Governo Socialista, vai ser vendida aos Chineses.

Como se suportar a espanholada e a francesada não tivesse sido suficiente, vamos agora ser vendidos ás Máfias Chinesas.

Por amor de Deus!!!
Poupem-nos!

Com que direito estes Alcapones de 5ª, se endividaram a ponto de nem terem voz junto dos credores internacionais, que nos pretendem vender ao desbarato aos Chineses?

Ou ninguém percebe o que isto significa?!

Será que nos resta ainda alguma coisa a que possamos chamar nossa?


Melhores Cumprimentos

Maria da Fonte
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De Ega a 26.01.2010 às 23:24

Não, cara Maria da Fonte: nós vamos falindo todos os dias.
Os desempregados assombram o País.
Na sua linguagem - desculpe falar assim - são os zombies da actualidade.
Mas estes, merecedores de todo o respeito e solidariedade.
Vamos dar-lha? Oxalá sim.
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De Réspublica a 26.01.2010 às 19:42

Acho que agora muito boa gente já percebe a razão da revogação do regime dos contratos do CPA e a aprovação do CCP, em particular no que se refere à possibilidade de "licitação" do preço no fim do concurso.
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De A república das bananas... a 26.01.2010 às 20:02

Entretanto, o OGE, que era para ser entregue (na respectiva PEN) às 19 horas só será entregue, na melhor das hipóteses, lá para as 22 horas.
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De Ega a 26.01.2010 às 21:08

Isso em Portugal é, realmente, um caso raro de pontualidade.
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De Velho da floresta a 26.01.2010 às 20:58

Espantoso, da ultima vez que este assunto foi aqui abordado, desconhecia por completo estes números. assim de repente e tentando ser simpático, o mínimo que consigo pensar dessa gente que come à mesa do orçamento, é o ilustrado no desenho de Bordalo Pinheiro sobre a porca da politica.
Meu amado Portugal como estás, é o fartar vilanagem sem tréguas e sem temor.
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De André Miguel a 26.01.2010 às 21:28

Que tal mudar de República Portuguesa para: Portugal SGPS SA? Afinal o ajuste directo mais parece outsourcing por subsidiárias e participadas.
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De Pedro Coimbra a 27.01.2010 às 01:57

Fazer concursos públicos é uma maçada.
E corre-se sempre o risco de se ter que adjudicar à empresa "errada".
O ajuste directo evita estes embaraços todos.

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